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Programa do Ratinho

"Vão morrer alguns do vírus? Sim, vão morrer. Vai acontecer, lamento", diz Bolsonaro sobre pandemia

Presidente da República deu uma entrevista exclusiva para Ratinho no quadro 2 Dedos de Prosa

21/03/2020

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(Foto: Isac Nobrega / PR) 
Nesta última sexta-feira (20), Ratinho foi até Brasília para entrevistar Jair Bolsonaro no quadro 2 Dedos de Prosa. Durante a conversa, o presidente da República destacou seu desejo de não levar histeria para a população brasileira diante da pandemia do coronavírus.

"Eu não quero levar o pânico à população brasileira. Minha missão como chefe de estado é levar a verdade e dizer a eles que isso vai chegar e vai passar. Não tem como. Você vai viver isso aí, essa onda vai passar por cima de você", disse.

Falando sobre o número de mortes na Itália, o presidente comparou a população do país europeu com a de Copacabana, no Rio de Janeiro. Segundo ele, a maioria das pessoas são idosas. "Se chegar neles, a chance de entrar em óbito é grande, porque já tem uma série de problemas".

"Agora o que acontece por parte da imprensa? O cara entrou em óbito: o cara tinha dado positivo para o vírus e tava lá, diabetes, não sei o que. E aí dizem que morreu de que? Coronavírus", criticou Bolsonaro.

De acordo com o presidente, a pandemia do Covid-19 deve durar entre cinco a seis meses no país. "Podemos ter um momento triste, mas não será como na Itália, ao meu entender", continua.

Até o momento, o Brasil já registrou 12 mortes, sendo nove no estado de SP. Já o número de casos subiu para 1.021 em todo o território nacional. Diante do número crescente, Bolsonaro afirmou que seu papel no momento é tranquilizar as pessoas.

"Não adianta eu falar `fiquem calmos` ou então `esperem uma guerra`. Alguns dizem que eu deveria pedir desculpa por isso e por aquilo. Eu não quero histeria, isso atrapalha", continuou. O presidente ainda aproveitou para atacar prefeitos que estão tomando medidas locais para conter o vírus, como fechamento de estradas.  

"Tem certos chefes de estado e até prefeitos dizendo em fechar aeroporto, shoppings e estradas federais. É inadmissível isso. Se você fecha um aeroporto, pode ter um parente, um amigo, um ser humano, aguardando um fígado que viria de Fortaleza aqui pra Brasília e não vem mais. Vai morrer esse cara porque fecharam aeroporto. Isso é histeria".

Por fim, Bolsonaro minimizou a crise causada pela pandemia e fez um apelo à população para manter o país produtivo. "Vão morrer alguns do vírus? Sim, vão morrer. Alguns que estão com deficiência e outros que vai acontecer. Que pegou o cara no contrapé. Vai acontecer, lamento. Não podemos criar esse clima todo que prejudica a economia", encerrou.

Veja a entrevista completa:

 
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