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Zé Celso: Relembre a carreira do dramaturgo e diretor de teatro

O dramaturgo faleceu nesta quinta-feira (o6) após um incêndio ,que aconteceu na casa onde morava e deixou 53% do seu corpo queimado

Zé Celso posa usando terno vermelho e em frente a fundo cinza

06/07/2023

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O dramaturgo e diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa, mais conhecido como Zé Celso, faleceu nesta quinta-feira (06) aos 86 anos. Ele não resistiu após um incêndio tomar conta do apartamento onde morava, em São Paulo (SP). Zé Celso teve 53% do corpo queimado e chegou a ser encaminhado para o hospital, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu aos ferimentos

Zé Celso nasceu em Araraquara, interior de São Paulo, em 1937. Ele estudou Direito pela Universidade de São Paulo (USP), mas não chegou a exercer a profissão e nem sequer se formar. Ainda durante a universidade, começou a seguir o caminho das artes.

Em 1958, firmou seu nome como dramaturgo ao criar o Teatro Oficina. Ao longo dos anos no projeto, Zé Celso inovou nas produções teatrais, com um estilo provocador, rompendo as convenções tradicionais. O dramaturgo sempre fazia questão de trazer temas sociais, políticos e culturais relevantes ao teatro.

Uma das peças que mais chamaram atenção durante a carreira de Zé Celso foi "O Rei da Vila", adaptação da peça de Oswald de Andrade, feita em 1967. Nela, firmou sua reputação como um dramaturgo ousado, capaz de mesclar música ao vivo com improvisação e, de quebra, ainda interagir com a plateia.

Ao longo de sua carreira, Zé Celso dirigiu também uma série de peças aclamadas, incluindo "Roda Viva" (1968), de Chico Buarque, e "Os Sertões" (2007), baseada na obra de Euclides da Cunha. Sua carreira foi consagrada por inúmeros prêmios e homenagens e uma fama que estrapolou fronteiras, conquistando popularidade em países como Estados Unidos, França, Alemanha e Itália. 

Sua trajetória foi marcada por uma busca constante por experimentação e inovação teatral e uma certa aversão à televisão. Tanto que, ao longo de anos na dramaturgia, fez inúmeros teatros e apenas um trabalho nas telonas, em "Cordel Encantado". 

Zé Celso deixa o marido, Marcelo Drummond, que estava em casa com ele durante o incêndio, além de amigos, familiares e uma legião de fãs e admiradores. "Tudo é tempo e contra-tempo! E o tempo é eterno. Eu sou uma forma vitoriosa do tempo. Nossa fênix acaba de partir pra morada do sol. Amor de muito. Amor sempre", escreveu o perfil Oficial do Teatro Oficina ao anunciar a morte do diretor.

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