Brasileiro acusado de tráfico de armas e drogas é preso no Paraguai
Além do brasileiro, oito criminosos foram presos e outros nove morreram em tiroteios com a polícia
20/12/2023
Um brasileiro, apontado como traficante de armas e drogas, foi preso nesta 3ª feira (19.dez) em uma operação conjunta de forças de segurança do Paraguai e da Polícia Federal do Brasil.
Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa dominava a região de fronteira entre os países. Eles são acusados de ações violentas inspiradas nos cartéis mexicanos.
Um dos principais alvos da operação realizada pela Polícia Federal e a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, era o brasileiro Ricardo Luis Picolotto, conhecido como R7.
Traficante de armas e de drogas, ele foi preso numa luxuosa casa em La Paloma, no departamento paraguaio de Canindeyú. Além do brasileiro, oito criminosos foram presos e outros nove morreram em confrontos com os agentes.
Foram apreendidas armas, algumas de guerra, que inclui uma metralhadora antiaérea, muita munição, coletes à prova de balas, capacetes, celulares e rádios usados na comunicação do grupo.
O paraguaio Felipe Santiago Acosta Riveros, conhecido como "Macho", é uma espécie de sócio de Ricardo Picolotto. Segundo as autoridades do Paraguai, Macho está foragido. Ele é acusado pela morte de um militar brasileiro, em 2020, durante uma abordagem a uma embarcação, no Rio Paraná, que transportava mais de meia tonelada de maconha.
Segundo o ministro Jalil Rachid Segovia, secretario executivo antidrogas, a associação criminosa chefiada por Macho, tinha laços com facções de outros países: "Picolotto é uma pessoa com antecedentes, é um brasileiro que tem muitos antecedentes e também faz parte dessa estrutura. Hoje podemos dizer que a logística deste grupo era Macho e o cabeça era Picolotto".
De acordo com as autoridades, Ricardo Picolotto é da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC. O poder de fogo do grupo chamou a atenção das autoridades dos dois países. Eles possuem uma espécie de monopólio da produção de maconha no Paraguai, e boa parte da droga vinha para o Brasil.