"Uma das mentes mais perturbadas das que eu pesquisei até agora", afirma Ullisses Campbell sobre o Maníaco do Paque no The Noite
Autor de "Francisco de Assis, o Maníaco do Parque" conversa com Danilo Gentili e revela detalhes de sua nova obra nesta terça-feira, 03
03/09/2024
No The Noite desta terça, 03 de setembro, Danilo Gentili recebe o jornalista e escritor Ullisses Campbell. Reconhecido por suas reportagens investigativas e livros de sucesso, fala sobre o lançamento de sua nova obra, "Francisco de Assis, o Maníaco do Parque", revelando detalhes da história do assassino. "Ela acredita que foi uma maldição herdada do avô materno, pai dela.... Ele tinha um avô, João, que fazia rituais satânicos, ocultismo. O Francisco diz que aprendeu muitas coisas com o avô. A mãe nega e diz que ele nunca nem conviveu com esse avô", diz ele sobre o relato de Maria Helena, mãe de Francisco.
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Segundo ele, outro fato marcante contribuiu para a formação da personalidade do Maníaco: "a professora manda ele ler um texto na frente da sala e começam todos a rir dele, porque ele troca fonemas. Ele fica tão nervoso que começa a se urinar. Aí uma menina diz: 'olha, ele está urinando'. A turma toda começa a rir aquele riso de escárnio e ele teve um ataque de fúria, com sete ou oito anos, avançou em cima dessa menina e deu umas dentadas nela". Sobre o padrão de misturar assassinatos e comportamentos sexuais, o escritor fala de suas outras biografadas: "Suzane (von Richthofen) e a Elize (Matsunaga) não, mas a Flordelis, sim. Ela tinha o que popularmente se chama 'ninfomaníaca'".
Ainda sobre Francisco de Assis, avalia: "a maior aberração desse caso é que ele poderia ter sido detido muito antes de matar. Ele chegou ao cúmulo de matar a segunda vítima, descontar os cheques dela no banco, ser chamado na delegacia e falar que ela era uma namorada dele. Ele volta no parque, toca fogo no corpo dela e mata mais cinco mulheres depois". E afirma: "o Maníaco (do Parque) é uma das mentes mais perturbadas dessas que eu pesquisei até agora. Segundo psiquiatras e psicólogos que tiveram contato com ele, em uma tese confirmada por ele, contam que, no fundo, no fundo, o sonho dele era ser uma mulher. Como ele não conseguia, ele passou a matar as mulheres que ele não conseguiu ser. Ele idealizou o tipo que ele queria ser: branca, baixinha, com as ancas grandes e o cabelo cacheado".
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Citando outros assassinos famosos, relata: "Pedrinho Matador era um grande marqueteiro. Ele não matou 100, ele matou 12. É muito, não estou diminuindo, mas ele não tem 100 homicídios. Ele era um grande engodo.... A psicanalista do Pedrinho fala que ele era um mentiroso compulsivo... Se não fosse criminoso, eu contrataria para ser marqueteiro". A respeito de outra biografada, comenta: "Flordelis é o João de Deus de saia, porque ela usa a religião como nicho para cometer crimes... Ela merecia um Oscar de enganação, porque enganou o Rio de Janeiro inteiro".