PGB 2025 revela que 82,8% dos brasileiros jogam games digitais e aponta crescimento dos jogos de sorte

Referência nacional no estudo do comportamento gamer, a Pesquisa Game Brasil (PGB) chegou à sua 12ª edição em 2025 com números que revelam a evolução e transformação do cenário de games no país. Criada em 2013, a PGB é desenvolvida pelo SX Group e Go Gamers em parceria com a Blend New Research e a ESPM, utilizando uma metodologia robusta com questionários proprietários e aplicação em todo o território nacional.

A pesquisa é considerada a principal fonte de dados sobre hábitos e preferências de jogadores brasileiros e, nos últimos anos, expandiu sua atuação para países da América Latina como Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México.

Com mais de 6 mil entrevistados em todos os estados e no Distrito Federal, a PGB 2025 trouxe avanços importantes em sua metodologia, como o recorte geracional, que agora diferencia os comportamentos de Geração Alpha, Gen Z, Millennials, Gen X e Boomers. O estudo também aprofundou a análise da jornada do consumidor de games e aperfeiçoou o painel Pais e Filhos, com foco no consumo infantil.

Consumo de jogos no Brasil bate recorde

Segundo o levantamento, 82,8% dos brasileiros afirmam jogar jogos digitais, um crescimento de 8,9 pontos percentuais em relação a 2024 - o maior índice já registrado na história da pesquisa. A aceitação dos games como principal forma de entretenimento também cresceu: 88,8% dos respondentes veem os jogos digitais como uma das suas principais formas de lazer, sendo que 80,1% os consideram sua principal fonte de diversão.

Jogos de sorte impactam os hábitos dos gamers

Pela primeira vez, os jogos de sorte e aposta ganharam destaque no levantamento. 38,2% dos entrevistados afirmam jogar esse tipo de game, sendo que 39% o fazem pelo menos uma vez por semana. A maioria dos jogadores de aposta (89,9%) investe dinheiro, com 34,6% gastando entre R$ 51 e R$ 200 por mês, e 8,6% superando os R$ 500 mensais.

Entre os principais motivos para jogar, estão o desejo de ganhar dinheiro (43,9%), a emoção da vitória (30,4%) e o uso como forma de relaxamento (29%).

"Apesar da semelhança com jogos digitais, os de aposta são motivados por outros fatores e não devem ser considerados equivalentes", afirma Carlos Silva, CEO da Go Gamers.

Perfil dos jogadores brasileiros

• A PGB também destacou transformações no perfil sociodemográfico dos gamers brasileiros:
• Mulheres representam 53,2% do público consumidor de games (aumento de 2,3%).
• Millennials (30-44 anos) formam a maioria, com 49,4% da amostra.
• Classe média ainda predomina com 44,4%, mas perdeu 1,8% em relação a 2024.
• Classe A cresceu para 17,1%, e classe B1 para 19,3%.
• Classes D e E tiveram aumento expressivo, subindo para 20,3%.
• Pessoas brancas são maioria entre os jogadores (53,9%), enquanto pretos e pardos somam 43,9%.

Plataformas preferidas e comportamento por gênero

O smartphone segue como principal plataforma (40,8%), mas com queda de 8 pontos percentuais. O console cresceu para 24,7%, e o PC, para 20,3%. Mulheres lideram no uso de celular para jogos (48,4%), enquanto homens dominam o uso de PC (36,1%) e seguem sendo maioria entre os que se consideram gamers.

Geração Alpha já movimenta o mercado

No painel "Pais e Filhos", a PGB mapeou a relação das crianças com os games. A Geração Alpha (0 a 14 anos) apresenta hábitos distintos: 38,3% preferem consoles, 42,7% jogam online todos os dias, e 19,2% gastaram entre R$ 101 e R$ 300 com jogos no último ano. A maioria (53,6%) está na faixa de 10 a 15 anos, e 21,8% jogam entre 8 e 20 horas semanais.

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Segundo Mauro Berimbau, consultor da Go Gamers, "a geração Alpha já é ativa, engajada e acompanha com interesse as novidades do universo gamer."

Com dados robustos e novas abordagens, a PGB 2025 reforça o Brasil como um dos maiores e mais dinâmicos mercados de games do mundo, revelando tanto os desafios quanto as oportunidades para marcas, desenvolvedores e toda a indústria criativa ligada ao entretenimento digital.