Jovem com doença rara vence preconceito e casa em Feira de Santana
Amanda Amaral, de 23 anos, convive doença autoimune chamada esclerodermia sistêmica há 14 anos

Portadora de doença autoimune, jovem Amanda Amaral Alves, de 23 anos, convive com a doença desde seus 14 anos. À época, sua fisionomia mudou completamente: surgiram várias manchas em seu rosto e corpo, teve perda de cabelo e suas atividades locomotoras começaram a ficar mais dificeis a cada dia.
Muito vaidosa, a moça não deixa sua casa sem colocar uma roupa da moda e se maquiar. Adora sair com os amigos, familiares e seu namorado.
Mas nem sempre a rotina de Amanda foi assim. Na adolescência, sofreu muito preconceito e vivia reclusa, com vergonha e medo de sair de casa.
Conforme a condição progredia,a jovem entrou em depressão e passou por vários problemas familiares. Até que, há dois anos, conheceu Deyverson Santos, por quem se apaixonou.
Os dois realizaram o sonho de se casar em março deste ano. Com doações de amigos e familiares, eles conseguiram organizar uma festa com vários convidados, com direito a lua de mel e ensaio fotográfico.
Sua história viralizou quando Taís, a maquiadora que a preparou para a cerimônia no civil, postou uma foto da moça. "Várias pessoas comentaram e compartilharam a minha foto e eu só recebi carinho e mensagens de incentivo. Aí então tudo mudou na minha vida, passei a me enxergar linda", conta Amanda.
A esclerodermia sistêmica é resultado da superprodução de colágeno no corpo. Por ser uma doença autoimune, o corpo ataca a si mesmo e destrói tecidos internos e externos.
“Os médicos ainda estudam as causas dessa doença e não sabem ainda o que de fato a ocasiona", esclarece a jovem, que percebeu mudanças em seu corpo relacionadas à condição ainda na infância.
Aos poucos, sua pele mudou de cor, seu nariz afinou, seus cabelos caíram e seus dentes apodreceram. Aos 15 anos, Amanda chegou a pesar 25 quilos. "Fiquei muito fraca e por pouco não morri. Mas o cuidado de Deus é muito grande comigo e ele me restaurou”, agradece.