Missão Pan: Brasil espera chegar à vice-liderança do quadro de medalhas e projeta Jogos históricos em Lima
Técnica apurada e cabeça boa. Conversamos com uma coaching do esporte para entender um pouco do trabalho realizado com atletas de alto rendimento
26/07/2019
Crédito: Wander Ribeiro/COB
O Brasil está em Lima, no Peru, para a disputa dos Jogos Pan-Americanos atrás de uma meta ambiciosa: terminar a competição com a vice-liderança no quadro de medalhas. Esse é o foco dos 487 atletas que participam da competição intercontinental.
O objetivo foi traçado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que celebra a maior participação verde e amarela na história da competição. Os desafios até o dia 11 de agosto, quando as disputas em solo andino chegam ao fim, são grandes e para superar potências como o Canadá, a comitiva brasileira precisa aliar técnica de excelência e uma concentração acima da média.
Após o vice-presidente do COB, Marco La Porta, projetar um desempenho próximo ao de Toronto, quatro anos atrás, quando o Brasil conquistou 141 medalhas no total e ficou na terceira posição geral no quadro, à frente de Cuba, a reportagem do SBT Online conversou com a coaching esportiva Amanda Ciaramicoli, que falou sobre a importância do trabalho mental realizado pelos atletas de alto rendimento antes, durante e depois de disputas importantes.
"Quanto mais equilibrado em todos os aspectos, melhores serão as capacidades de excelência no desempenho. Hoje, as pessoas enxergam o lado mental e o físico de modo totalmente apartados, e não é dessa forma. Somente um físico bom não se sustenta", explica.
Acostumada a lidar com a pressão dos momentos decisivos, Amanda utiliza as técnicas do coaching para ajudar na busca pela alta performance. Jogadores de futebol, como o goleiro Sidão, do Vasco, e o ex-atacante Emerson Sheik já foram orientados por ela, que acredita na integração entre o desempenho de excelência e o autoconhecimento diário para o sucesso na busca pelo pódio.
Em Lima, 49 modalidades fazem parte do vasto cardápio esportivo. Em busca do ouro, o Time Brasil espera multiplicar as vezes em que o hino nacional será ouvido. Em 2015, foram 41.
Técnica de excelência e uma preparação mental adequada, um binômio que pode fazer a diferença em uma competição muitas vezes decidida em um piscar de olhos, nos milionésimos de segundos que separam o recorde de uma adversidade. Nessas horas, o coaching esportivo volta à cena. As várias faces do trabalho ajudam tanto o atleta que chegou ao ápice como aquele que convive com a turbulência de uma derrota.
"O fracasso pode ser interpretado de várias formas, porém, um atleta de alto nível sabe que isso faz parte do desempenho e do desenvolvimento. Quando isso acontecer, é preciso saber aproveitar. A gente analisa o fracasso de uma forma positiva e como estímulo, sempre há espaço para estar em um nível diferenciado e performar melhor" , finaliza Amanda.
Com a mente sã, o corpo saudável e uma meta para alcançar, estímulo é o que não falta. A abertura do Pan acontece nesta sexta-feira (26), a partir das 20h, (horário de Brasília).