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"A mão de Deus" recolhe Maradona, o maior jogador da Argentina
Ele morreu aos 60 anos, colecionando alegrias e tristezas dentro e fora de campo, como um tango de Gardel
25/11/2020
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Morreu Diego Armando Maradona. Quiseram os deuses do futebol recolher nesta quarta-feira (25) o maior jogador de futebol da Argentina, após uma parada cardiorrespiratória que fez bater pela última vez o coração do homem mitificado por tantos feitos memoráveis e fragilizado pelas inconsequências de uma vida levada ao extremo durante 60 anos.
Maradona nunca passou despercebido. Era impossível não sentir sua presença em campo, com dribles, gols e jogadas impressionantes. Foram quatro Copas do Mundo, de 1982 a 1994, com direito a um título mundial pela seleção, que muitos dizem ter sido conquistado sozinho, tamanha maestria daquele canhoto em campo. Em 1986, no México, o baixinho atarracado e elegante foi divinizado entre os seus admiradores, apesar da mão sorrateira [de Deus, segundo ele, do homem falho para os ingleses e todos os outros que insistiam em diminuir o que ele fazia com a bola nos pés].
Maradona sempre se fez notar. Foi o maior de todos os tempos no Napoli, da Itália, genial e absoluto durante sete anos, com direito ao primeiro título da história do clube, em 1987. O bicampeonato veio em 1990, no último capítulo de uma trajetória marcada por troféus, 115 gols e polêmicas extracampo. Ele também defendeu o Barcelona, num tempo anterior a Messi, entre as temporadas de 1984 e 1986.
Diego era torcedor declarado do Boca Juniors. Passional, desmedido. O mesmo fervor visto contra os adversários para chegar ao gol, Maradona usava contra si mesmo. Sucumbiu às drogas e ao álcool. Tentou parar, mas assim como os "fregueses" que ele enfileirava dentro de campo, o homem por trás do deus fraquejou, uma, duas, tantas vezes, num espetáculo triste, tendo os fãs como espectadores atônitos.
Entre tantos recomeços, Maradona se aventurou como técnico. Em 2010, na Copa da África do Sul, era ele o homem na beira do campo a conduzir sua Argentina até as quartas de final. Goleado pela Alemanha por 4 a 0, ele deixou o cargo tão logo desembarcou em Buenos Aires.
No eterno embate pelo posto de rei do futebol, Maradona tem a reverência da Igreja Maradoniana, fundada em 30 de outubro de 1998 para exaltar seus feitos. Símbolo de fé e devoção, Diego se mostrou apenas humano longe dos campos. Para nós brasileiros e boa parte do resto do mundo não há discussão sobre a realeza futebolística, muito embora o canhoto argentino seja o maior "adversário" de Pelé, nos programas esportivos, bares, restaurantes e almoços em família para aqueles que tiveram a chance de vê-los em campo.
Nesta quarta-feira, Diego Armando Maradona, que virou nome de estádio na Argentina, sucumbiu tantas vezes ao horrendo mundo das drogas, cantou na TV e encantou seus milhares de fãs, dançou seu último tango e se despediu da vida ao som de Carlos Gardel.
Não chore por mim, Argentina! A frase nunca fez tanto sentido. Hoje todos choram e dizem adeus ao jogador genial e ao ser humano que viveu como quis, fez o que pôde e foi apenas mortal.
Maradona nunca passou despercebido. Era impossível não sentir sua presença em campo, com dribles, gols e jogadas impressionantes. Foram quatro Copas do Mundo, de 1982 a 1994, com direito a um título mundial pela seleção, que muitos dizem ter sido conquistado sozinho, tamanha maestria daquele canhoto em campo. Em 1986, no México, o baixinho atarracado e elegante foi divinizado entre os seus admiradores, apesar da mão sorrateira [de Deus, segundo ele, do homem falho para os ingleses e todos os outros que insistiam em diminuir o que ele fazia com a bola nos pés].
Maradona sempre se fez notar. Foi o maior de todos os tempos no Napoli, da Itália, genial e absoluto durante sete anos, com direito ao primeiro título da história do clube, em 1987. O bicampeonato veio em 1990, no último capítulo de uma trajetória marcada por troféus, 115 gols e polêmicas extracampo. Ele também defendeu o Barcelona, num tempo anterior a Messi, entre as temporadas de 1984 e 1986.
Diego era torcedor declarado do Boca Juniors. Passional, desmedido. O mesmo fervor visto contra os adversários para chegar ao gol, Maradona usava contra si mesmo. Sucumbiu às drogas e ao álcool. Tentou parar, mas assim como os "fregueses" que ele enfileirava dentro de campo, o homem por trás do deus fraquejou, uma, duas, tantas vezes, num espetáculo triste, tendo os fãs como espectadores atônitos.
Entre tantos recomeços, Maradona se aventurou como técnico. Em 2010, na Copa da África do Sul, era ele o homem na beira do campo a conduzir sua Argentina até as quartas de final. Goleado pela Alemanha por 4 a 0, ele deixou o cargo tão logo desembarcou em Buenos Aires.
No eterno embate pelo posto de rei do futebol, Maradona tem a reverência da Igreja Maradoniana, fundada em 30 de outubro de 1998 para exaltar seus feitos. Símbolo de fé e devoção, Diego se mostrou apenas humano longe dos campos. Para nós brasileiros e boa parte do resto do mundo não há discussão sobre a realeza futebolística, muito embora o canhoto argentino seja o maior "adversário" de Pelé, nos programas esportivos, bares, restaurantes e almoços em família para aqueles que tiveram a chance de vê-los em campo.
Nesta quarta-feira, Diego Armando Maradona, que virou nome de estádio na Argentina, sucumbiu tantas vezes ao horrendo mundo das drogas, cantou na TV e encantou seus milhares de fãs, dançou seu último tango e se despediu da vida ao som de Carlos Gardel.
Não chore por mim, Argentina! A frase nunca fez tanto sentido. Hoje todos choram e dizem adeus ao jogador genial e ao ser humano que viveu como quis, fez o que pôde e foi apenas mortal.
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