Crítica de A Freira 2: Sequência está mais aterrorizante, mas encontra soluções preguiçosas
Novo longa do universo de Invocação do Mal chega mais violento, além de mostrar irmã Irene preparada para enfrentar Valak
07/09/2023
Em "A Freira 2", sequência dirigida por Michael Chaves (que também dirigiu Invocação do Mal 3), irmã Irene (Taissa Farmiga) é mais uma vez convocada a deter a força maligna que se espalha pelo mundo. A história se passa em 1956, quatro anos após os acontecimentos do primeiro filme, e Irene está tentando deixar seu passado para trás e vivendo em um convento na Itália, onde conhece a irmã Debra (Storm Reid). No entanto, a sequência de mortes misteriosas desperta a atenção da Igreja e, como é a única com experiência contra o maligno, a freira e sua nova amiga são convocadas para encarar o sobrenatural.
Quem a dupla precisa enfrentar dessa vez é Maurice (Jonas Bloquet), o amigo de Irene que foi possuído pela Freira (Bonnie Aarons) no final do primeiro filme. Agora, o rapaz vive como faz-tudo em um internato numa cidade francesa e convive com Sophie (Katelyn Rose Downey), uma aluna do internato, e Kate (Anna Popplewell), professora e mãe da menina. Logo no começo do filme, conhecemos um pouco da rotina e das relações entre esses personagens, mas, assim que os assassinatos cometidos por Valak são descobertos e Irene compreende suas visões, começa uma corrida contra o tempo. Nesse embate entre forças opostas, o que está em jogo é um artefato poderoso que pode destruir Valak ou torná-lo imbatível.
Para quem gosta de cenas gráficas em filmes de terror, A Freira 2 não deixa a desejar. As cenas de violência trazem detalhes de ossos quebrando, pessoas pegando fogo e muito sangue. Além disso, o clima de tensão, com boas cenas escuras, barulhos de cascos e pegadas, logo deixa você encolhido na cadeira, prontinho para tomar um susto!
Ao longo do filme, vemos que as mulheres são as grandes protagonistas. Sem apelar para uma figura masculina que banque o herói nas cenas mais tensas, são Irene, Debra e Kate, além da pequena Sophie, que cavam buracos, traçam planos e enfrentam o mal de maneira corajosa e imponente. Tassia Farmiga consegue expressar o medo e a confiança de Irene para enfrentar Valak e tem tudo para se tornar uma das grandes heroínas do "Invocaverso", já que a franquia se passa no mesmo universo de A Invocação do Mal.
No entanto, é uma pena que a investigação de Irene seja feita de forma tão apressada. Apenas uma visão e uma visita à biblioteca foram o suficiente para que ela descobrisse exatamente o objetivo de Valak - além de saber o que fazer para impedir o demônio de alcançá-lo. A história peca em apressar demais uma explicação para as motivações da entidade, caindo no clichê básico de todo antagonista: querer mais poder.
Se você procura um filme de terror com sustos, sangue e protagonistas femininas corajosas, A Freira 2 é uma ótima pedida, mas pode decepcionar pela falta de fôlego na história.