Bruna Marquezine não pode falar sobre Bezouro Azul? Atriz explica
"Isso parte o meu coração", desabafou a famosa em entrevista
25/08/2023
Bezouro Azul, novo filme da DC Comics, chegou às telinhas dos cinemas em um momento não muito bom para Bruna Marquezine. Isso porque a atriz não pode falar sobre o longa, do qual faz parte, por causa da greve de atores e roteiristas de Hollywood que paralisou a indústria audiovisual nos Estados Unidos.
"Por conta da greve, não posso falar sobre o filme [Besouro Azul], e isso parte o meu coração. Todos nós do elenco, equipe e direção, gostaríamos de estar divulgando este filme como ele merece. Como a gente sonhou, e é muito triste não poder falar da representatividade, da importância, da oportunidade que a América Latina e o Brasil têm de se apropriar de um espaço que demoramos tanto tempo para ter nessa indústria, fora dos nossos países", declarou ela à Quem.
"É muito sofrido, mas ao mesmo tempo é muito importante estar do lado certo da história e apoiar os atores. A greve é de extrema importância e urgente. Tudo que está sendo reivindicado tem essa urgência", reforçou.
Segundo a artista, no entanto, é frustante não poder divulgar seu filme. "Não é sobre - me arrependendo de ser tão honesta -, mas não é sobre o lucro, isso não importa para mim e sei que para todos os meus colegas de elenco. É sobre a mensagem que este filme tem para passar. Sobre se apropriar deste espaço que, talvez para o brasileiro, essa narrativa não faça muito sentido, mas quando chegamos lá fora a primeira coisa que eles enxergam é: você é latino e colocado nessa categoria", explicou.
"Nos últimos anos, menos de 5% dos filmes foram protagonizados por latinos. E ter um filme protagonizado por latinos, o primeiro super-herói latino, uma história de origem com uma atriz brasileira protagonizando a história, é uma grande oportunidade para a gente de passar uma mensagem para indústria que vale a pena investir em nós", completou.
Bruna ainda lamentou: "É muito triste não poder divulgar o filme como... É importante falar sobre representatividade, das mensagens que mandamos para a indústria, mas é triste não poder falar da nossa obra."
Apesar de tudo, a atriz diz esperar que as reivindicações respinguem na indústria audiovisual nacional. "Que tudo que está sendo reivindicado afete a gente aqui, que o artista brasileiro se beneficie de tudo o que está acontecendo fora, mas não tenho previsão", concluiu.
[Pode deixar, Bru, o Brasil vai lotar os cinemas por você!]