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Klara Castanho relembra exposição que viveu: "Nunca vamos nos acostumar"

A atriz se pronunciou sobre o trauma que viveu em um relato e deu detalhes dos dias que passou

Klara Castanho

08/02/2024

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Klara Castanho fez um relato sincero sobre a exposição que viveu quando engravidou, fruto de um abuso sexual. A atriz tinha optado por manter a gestação em sigilo e entregou a criança à adoção logo após o nascimento. O segredo, no entanto, foi revelado e Klara viveu uma grande exposição na época, e ainda lida com isso diariamente. Em uma entrevista à Glamour, ela deu detalhes do que passou quando tudo foi revelado. 

Ela começou explicando que o desejo de não revelar o que estava acontecendo não veio por uma vontade de esconder a situação, mas sim, para ter o próprio tempo para digerir tudo. "Eu simplesmente não queria viver aquilo. Nunca quis me pronunciar, e jamais para esconder das pessoas, e sim porque não tinha digerido o que acontece", disse. 

"Fui obrigada a externalizar de forma muito brutal o que vivi. Achei que poderia levar para o caixão toda aquela dor e, quando fui exposta, me senti extremamente vulnerável", seguiu ela, falando sobre a forma na qual se viu obrigada a falar sobre o assunto depois das notícias serem digulgadas. 

 "Eu tinha minha família, tinha uma equipe profissional, um time jurídico, mas estava desamparada em mim. Eu não dormia, meus pais não dormiam. A gente chorava junto dois dias e dormia um, porque não tivemos tempo de assimilar. Nunca vamos nos acostumar com a ideia do que aconteceu", seguiu, relembrando. 

Klara seguiu falando que entrou na Justiça pelos seus direitos quando tudo foi à público e segue firme nos processos. Ela completou dizendo que a crítica das pessoas em relação a ela sobre uma violência que sobreu segue a atormentando. 

"Sinto que, passados quase dois anos da minha carta, as pessoas ainda buscam argumentos contra mim, sobre o que aconteceu comigo. Então, se isso é motivo para que as pessoas ainda me julguem, saibam que o agressor foi denunciado", revelou.

"Toda mulher que é vítima de violência tem direito ao segredo de justiça. O meu sigilo foi quebrado contra a minha vontade. Eu não tive nem o direito de não ser revitimizada, e diariamente não tenho", completou. 

Na época em que tudo aconteceu, Klara Castanho contou detalhes em uma carta aberta. Relembre:

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