No capítulo de hoje, identidade de "Cobra" é revelada
No capítulo 165, Otto começa a conectar todos os pontos e descobre que sua namorada não é que diz ser
04/11/2022
Nesta sexta-feira (03), Otto descobre novas mentiras de Tânia. Quando Poliana e João alertam o empresário sobre o manuscrito roubado, as peças começam a se encaixar.
A máscara de Tânia cai e suas verdadeiras alianças são expostas ao longo do capítulo. Longe de ser a boa moça que fingia ser, suas reais inteções são reveladas.
Confira o que disse Ana Paula Valverde, intéprete da personagem, sobre a revelação impactante e o futuro da mais nova vilã de Poliana Moça:
O público finalmente vai conhecer quem realmente é a Tânia. Você estava ansiosa para esse momento?
Muito ansiosa, não vejo a hora de sentir como o público vai receber essa reviravolta da personagem, mesmo porque, ela tem um perfil diferente dos outros vilões da trama que são mais cômicos. Tânia é extremamente manipuladora e impiedosa.
Como você avalia esse plot twist da Tânia?
Eu acho o máximo! E o mais gostoso foi construir essa personagem de uma maneira que não entregasse ao público sua reviravolta, ou suas verdadeiras intenções logo de cara. As máscaras da Tânia vão caindo aos poucos, então tem pequenas surpresas pelo caminho.
O relacionamento com Otto e sua família não foi capaz de tocar o coração de pedra da Tânia?
A Tânia tem um passado de muitos traumas e a relação com Otto, ao meu ver, tinha muitas falhas como falta de confiança e atenção. Sinceramente eu não acredito que relações assim são capazes de evoluir e mudar uma pessoa. É necessário que tenha, além do amor, cuidados e responsabilidades afetivas essenciais para um relacionamento ser duradouro e poder gerar uma mudança positiva no outro, isso se ele estiver disposto, claro. O que não parece ser o caso da Tânia.
Como foi fazer a cena que Tânia encontra Roger e revela que é a Cobra?
Foi uma das minhas favoritas de gravar, me diverti muito com o Otávio, sempre trocamos muito em cena, grande parceiro e tem elementos nela que eu adoro, como o fogo, que além de ser algo visualmente atraente, também representa naquele momento o poder e força daquela mulher. Sinto que essa cena também revelou um pouco mais da Tânia pra mim, na medida que pude vivenciar essa nova potência que ela se apresenta, livre da máscara social de boazinha.
Na internet ou nas entrevistas que participava, você tinha que dar um jeito de responder as perguntas sem revelar a verdadeira história da Tânia. Como foi esconder esse segredo por tanto tempo?
Foi um desafio na verdade. Eu precisava estar muito atenta ao responder uma pergunta, ao postar bastidores para não entregar nenhum spoiler, até sobre o figurino ou disfarces que ela usava (risos). Mas o fato da Tânia ser uma mulher misteriosa me dava margem para driblar essa situação.
Você interpretou uma personagem mascaradamente boazinha e agora viverá Tânia na sua versão maldosa. O paradoxo de mocinha e vilã em um mesmo papel. Como você enxerga essas duas facetas em um único personagem?
Considero a Tânia um presente, uma personagem cheia de camadas, com uma curva dramática muito interessante de compor. Ninguém é somente bom ou ruim, fica muito raso pensar dessa maneira, somos sombras e luz e escolhemos o que reverberar no mundo. No caso da Tânia poder contar essa história vivenciando essas duas vertentes foi divertido e procurei maneiras de humanizar ela, principalmente na sua relação com a Celeste.
Em Aventuras de Poliana o grande vilão, conhecido como "Rato", era o Waldisney. Agora, o "Cobra", ou melhor, "A Cobra" é Tânia. Muitos não esperavam que Cobra fosse uma mulher. Como é quebrar o tabu da mulher frágil e dar vida a uma mulher forte e destemida, mesmo sendo para o lado do mal?
É maravilhoso contar essa história a partir do protagonismo de uma mulher na trama, a Tânia não apenas apoia um drama construído por um homem, ela vai além, tem suas próprias ambições e dramas pessoais. Habitar esse lugar é muito interessante, mesmo ela sendo uma vilã. O lugar da mulher é onde ela quiser e precisamos cada vez mais criar histórias valorizando o protagonismo feminino e buscando fugir de estereótipos de gêneros.
Mesmo sendo uma vilã, como você acha que o público pode se encantar com a Tânia? O que o público pode esperar dela daqui para frente?
Ela uma mulher inteligente que encanta pela perspicácia e por seus jogos de manipulação. É interessante ver as artimanhas que ela cria para alcançar seus objetivos.
Ao mesmo tempo vemos essa mesma mulher empoderada, sendo vulnerável às questões da maternidade e estrangulando para encontrar caminhos de lidar com isso. Existem várias situações que podemos perceber que atrás daquela postura autoritária, existe uma mulher lidando com traumas e medos do passado.