Clayton Conservani conta as dificuldades do Monte Everest: "É como se você respirasse com um pulmão só"
O jornalista revelou detalhes das suas aventuras e os maiores problemas que enfrentou
25/11/2023
Nesta sexta-feira (24), Danilo Gentili conversou com Clayton Conservani. O repórter contou todas as suas aventuras e maiores dificuldades que enfrentou.
Fascinado por montanhas, Clayton Conservani escalou vários montes no Brasil e no mundo, incluindo 5 dos 7 grandes cumes e chegando ao topo em três deles. O maior deles, o Monte Everest, faltou pouco para conseguir.
"O pior é a falta de oxigênio. A partir dos 5.400 metros de altitude é como se você respirasse com um pulmão só. Você acorda na sua barraca e só de pensar em abrir o saco de dormir já está cansado... O frio extremo também, tudo fica mais difícil. Se você quiser tomar um copo de água, tem que sair da tempestade para buscar neve, colocar no fogareiro, derreter e beber", relata. Segundo ele, para conseguir chegar ao objetivo, tão importante quanto o físico é o fator psicológico.
"Muitas vezes o psicológico é até mais importante do que o físico. Você conseguir resistir ao sofrimento e a dor. Todo tipo de privação que o ser humano pode passar, ele encara em uma montanha. No Everest, por exemplo, foram 79 dias que fiquei longe de casa, da minha família, da minha filha... Perdi uns 15 quilos, voltei um trapo humano. As pessoas me encontravam e perguntavam se eu estava doente", diz.