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SBT Games

SBT All Stars de MK11: Conheça Baka, a força feminina da disputa

A jogadora é uma inspiração para outras mulheres como pro player de fighting game e já foi até comentarista em torneio feminino

Beatriz Baka
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Fighting game é uma modalidade que costuma atrair mais jogadores do sexo masculino. Não é uma regra, mas culturalmente aconteceu dos meninos se conectarem mais com este gênero, que foi criado em 1976 com o jogo Heavyweight Champ. Até hoje, poucas foram as jogadoras que entraram nesse meio buscando competir a nível profissional e grande parte do motivo é a herança cultural do que é "coisa de menino". Porém, esse cenário está começando a mudar. 

A jogadora Beatriz "Baka" é um grande exemplo que está abrindo portas para as mulheres nos jogos de luta. A brasileira foi vice-campeã da Liga Latina de Mortal Kombat em junho deste ano, ficando atrás apenas de Wellington "Konqueror", com quem disputou a final do torneio e perdeu por 3 a 2. 

Mas isso não é novidade, Baka está constantemente no top 8 dos torneios mais importantes de MK do Brasil. Tendo obtido boas campanhas nos circuitos da Liga Latina e da Kombatklub Pro League e inclusive já venceu o próprio Konqueror, KillerXinok e diversos outros grandes jogadores em torneios.

Beatriz "Baka" | Arquivo pessoal

Histórico de Baka
A jogadora é natural de Rio das Ostras, município do estado do Rio de Janeiro. O apelido Baka surgiu porque Beatriz adora desenhos japoneses: "o jeito que eu escolhi foi engraçado, porque eu gosto muito de anime, e é uma coisa que fala muito em anime". Baka significa "bobo" em japonês e a jogadora escolheu o nick pela repetição, mas sabendo seu significado.

E por falar em animes, os primeiros contatos de Baka com videogames foram com jogos baseados em animes, como Naruto: Ultimate Ninja e Dragon Ball Z: Budokai 2. A franquia de fighting game da NetherReal, Mortal Kombat, entrou em sua vida na edição 9, em 2013. A partir daí, Baka jogou todos os jogos de MK que saíram até chegar no Mortal Kombat 11, quando começou a querer competir em algum jogo de luta e, como já gostava bastante do jogo, decidiu investir em competições nele.

A dedicação aos torneios, levando a sério o competitivo, começou em 2020, quando ainda usava o Xbox. Em dezembro, Baka precisou se adaptar e trocar de plataforma para o PS4, pois os maiores torneios do país são jogados neste console. E seu primeiro torneio foi logo de cara a Liga Latina, na qual conquistou a segunda colocação e foi o pontapé inicial para disputar vários outros torneios. 

A pro player é um caso raro de mulher nessa modalidade de game tão dominada por homens. "Acho que falta incentivo para elas. A maioria das mulheres não tem incentivo pra competir e sempre tem pessoas fazendo comentários maldosos", conta a jogadora. 

Mulheres no cenário competitivo
Baka atua pela TXT eSports, uma organização que faz questão de levantar a bandeira auxiliando a dar espaço para mulheres. A TXT inclusive já realizou o Artemis Hunt, um torneio feminino, que foi um espaço seguro para as meninas competirem, serem elogiadas por seu desempenho e assim se motivarem a seguir competindo.  

A pro player foi comentarista desse campeonato e fala com alegria que a disputa foi importantíssima para revelar talentos que logo foram contratados por organizações, como foi o caso por exemplo de Fernanda Dias, que agora atua pela Shodown.

SBT All Stars 
A próxima disputa de Baka será o SBT All Stars de Mortal Kombat 11, que acontece nesta sexta-feira (23) e sábado (24), a partir das 19h, no canal da Twitch do SBT Games.

E ao ser perguntada sobre sua rotina de treinos, Baka foi bem direta: "hoje em dia não tenho treinado tanto, mas na época (dos campeonatos principais) jogava uma ou duas horas por dia". O treino sempre foi bem descontraído, marcava com colegas lutadores pelo Whatsapp mesmo para jogarem juntos e treinar. 

Mas mesmo sem estar treinando muito, a jogadora sabe o que quer. "Minha expectativa é de pegar pelo menos terceiro lugar", afirma Baka, que revelou à redação do SBT Games que já conhece seus adversários e já os enfrentou em outros torneios. Aqui no SBT All Stars, Konqueror é o competidor que ela acredita que será o mais difícil e o mais divertido de enfrentar, caso se encontrem para alguma luta. 

"(Konqueror) Sempre foi o que eu mais me diverti jogando contra, porque é o mais difícil. Ainda mais que a gente joga long set, onde quem ganhar 10 primeiro ganha. Ele se adapta muito rápido e fica bem difícil de ganhar dele. A última vez que jogamos juntos foi na Liga Latina", disse a jogadora.

Além disso, Baka deixou uma mensagem para seus fãs: "11 tornado até ganhar".

Próximos passos
O motivo de Baka já não jogar tanto Mortal Kombat é que a jogadora já não tem mais muito ânimo para jogar neste cenário. Ela até cogita jogar a Pro League, mas seu coração tem batido mais forte é por Guilty Gear Strive. 

Baka vem treinando bastante e pretende competir na EVO, que acontece de 6 a 15 de agosto, fazendo sua estreia no Guilty Gear Strive. 

E tendo iniciado o competitivo em 2020, no ano de início da pandemia de Covid-19, Baka nunca jogou um torneio presencial. Por isso, este é atualmente o maior sonho da jogadora atualmente. "Eu quero ir em todos os campeonatos presenciais que eu puder. Primeiro Brasil, depois mundo a fora", revelou Baka. 

Quem sabe esse desejo não se realiza por aqui, em uma próxima edição do SBT All Stars?
 

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