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SBT Games

Preview Endless Dungeon: O bom roguelike que mistura tower defense e twin-stick shooter

O SBT Games teve acesso ao jogo que mistura o melhor dos três gêneros, além de entrevista com o diretor de narrativa e o chefe de game design de Endless Dungeon

Endless Dungeon Preview
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Endless Dungeon é a mais recente adição à franquia Endless, sendo o próximo lançamento aguardado da Amplitude Studios, publicado pela SEGA com data prevista para 19 de outubro de 2023. O SBT Games teve a oportunidade de conferir o jogo e também entrevistou o diretor de narrativa Jeff Spock e o responsável pelo design do jogo, Arthur Prudent.

O game que possuía lançamento originalmente planejado para 18 de maio, foi adiado, e este tempo adicional permitirá que a Amplitude incorpore o feedback da comunidade, para melhorias de um jogo que promete entregar o melhor dos três gêneros: Roguelike, Tower Defense e Twin-Stick Shooter.

História (ou parte dela)

Durante o evento de Preview, Romain de Waubert, Gerente Geral e CCO, e Jeffrey Spock, Diretor Narrativo, apresentaram Endless Dungeon e compartilharam suas motivações para criá-lo. Eles falaram sobre o estilo de jogabilidade e a breve história do jogo, sem dar nenhum spoiler.

Endless Dungeon | Reprodução/SEGA

A história se passa em uma estação espacial abandonada que possui um poder misterioso que suga todas as naves que se aproximam. No entanto, os personagens ficam presos em um loop eterno, o que dá ao jogo o fator Roguelike.

Os desenvolvedores mencionaram que a história será explicada à medida que você avança para o centro da nave, onde o objetivo sempre será alcançar o núcleo.

Personagens divertidos

Apesar de não estar familiarizado com outros jogos da franquia Endless, como Endless Space ou Endless Legend, fiquei impressionado com o design dos personagens em Endless Dungeon, que possuem nomes e visuais muito característicos.

Endless Dungeon | Reprodução/SEGA

E sobre essa vivacidade e variedade dos personagens, o diretor de narrativa Jeff Spock contou sobre a inspiração para a criação deles:

De todo tipo de lugar; alguns vêm das facções no universo Endless, algumas de linguagens da Terra mesmo, ou às vezes pode até ser uma sacada com um arquétipo ocidental; filmes do Velho Oeste, dos EUA, e toda essa cultura fazem parte do setting e do estilo do jogo. O tanque se chama Bunker e é como se fosse o xerife dos contos antigos, então temos referências aqui e ali sobre ele ser um xerife, e outra sobre ele ser um robô. Então temos essas influências diversas. E grandes ideias também vêm dos designers, dos artistas... Não sou só eu sentado em uma torre tipo "Eu sou um gênio. Vamos fazer assim e assim", é um processo bem mais árduo do que isso, mas é muito divertido

Cada um dos oito personagens presentes tem suas próprias motivações para estar lá. Alguns entraram por acidente, como um caçador de tesouros, enquanto outros são grandes estudiosos. A promessa de conhecimento e riquezas foi o que uniu essa trupe, que aceitou o destino de tentar avançar e voltar ao início caso morra em sua tentativa.

O ponto interessante aqui é a singularidade de cada personagem, com sua personalidade e características de gameplay bem representadas. Essa variedade de opções dá ao jogador a escolha de formar times com táticas diferentes, para diferentes objetivos.

Jogar com os amigos é melhor

A gameplay é agradavelmente surpreendente. Primeiro, é necessário escolher se deseja formar um grupo de dois ou três jogadores. Quando entrar na área de combate, os personagens terão que compartilhar os mesmos recursos, como Ciência, Alimento e Indústria, sendo que cada um desses recursos possui uma utilização importante e única. Aqui você deve administrar os recursos que conquista abrindo portas e sobrevivendo as ondas de inimigos, que buscam destruir o cristal que você defende.

O detalhe que ninguém me contou, mas que te contarei agora, é que a cada porta aberta a dificuldade aumenta. Isso porque são mais geradores para você defender, mais rotas onde inimigos podem chegar e mais lugares em que eles podem sair para te atacar. Conforme você avança, a mesma mão que te dá benefícios, é a mesma que torna o jogo mais desafiador.

Endless Dungeon | Reprodução/SEGA

E para toda essa dificuldade, não basta só montar sua estratégia e ordenar que o bot parceiro defenda determinado objetivo. Aqui em Endless Dungeon, a necessidade de um parceiro multiplayer se torna quase que imprescíndivel para conseguir avançar, além de que, é muito mais divertido jogar com os amigos.

O responsável pelo design do jogo, Arthur Prudent, comentou sobre a experiência multijogador em Endless Dungeon:

Nós realmente fizemos um jogo pensado como solo desde o começo, mas dessa vez, comparado a Dungeon of the Endless, nós tentamos adicionar um modo multiplayer bem forte. Desde o começo, já tinhamos boss mode em mente. A gente entende que o modo em dois jogadores seria diferente.. muitos elementos em boss mode estão presentes, mas sabíamos que pra esse modo de jogo, seria algo mais tático onde você não é apenas um cara tentando solar a luta; é mais exigente. O que é interessante nesse modo é coordenar e comunicar com o seu time. A parte técnica não estava aqui desde o início, mas descobrimos o multiplayer há pouco tempo e nos divertimos muito. Eu achei muito bom.

Boas primeiras impressões

Após jogar Endless Dungeon por quase duas horas, é possível notar o capricho que os desenvolvedores tiveram com o game. Apesar de, a experiência solo ser um pouco repetitiva (se pensar em alcançar objetivos para evoluir seu personagem), o multiplayer com certeza deve ser o ponto alto quando o jogo for lançado. Gráficos muito bonitos, gameplay muito fluída e uma ambientação que entrega tudo, fazem desse game um potencial conciliador de amizades, juntando amigos para simplesmente passar raiva morrendo juntos.

Endless Dungeon | Reprodução/SEGA

E se eu quiser ser um Diretor de Narrativa ou um Game Designer?

Conversando com Arthur e Jeff, pude perguntar a eles sobre como é o dia a dia de trabalho de um Lead Game Designer e de um Narrative Director, e pra você que está interessado, essa foi a resposta deles:

Arthur Prudent - Lead Game Designer

Ok, essa é uma pergunta boa (risos). Obviamente, muda-se muito o papel desde o começo de um projeto até o fim. Durante o primeiro ano de produção, era mais sobre descobrir o que estávamos tentando alcançar com esse projeto novo, já que ele é um sucessor espiritual do Dungeon of the Endless. Tivemos que ter certeza de quais partes do primeiro jogo queríamos manter, melhorar, mudar completamente... então levou muito tempo, e estamos ali tentando desenvolver protótipos de coisas para provar tudo que a gente quer mudar.

Então, nessa primeira fase, eu liderava os brainstorms, escrevia especificações... e aí, conforme o time cresce, meu papel de Lead Designer virou algo mais de liderança e gerenciamento, validando coisas do time de design. E agora, no fim do projeto, a gente fica mais tentando descobrir o que dá pra fazer nesse jogo, o que mais nós queremos, e temos muitas discussões entre cada time tentando chegar às últimas soluções para fazer o melhor jogo possível.

Jeff Spock - Diretor de Narrativa

Ah (risos) eu devia ter me preparado pra essa. No começo meu trabalho era parecido com o do Arthur, mas meu papel é mais como o cuidador do universo; tipo, estamos fazendo outro Dungeon of the Endless, então temos esse universo aqui, com essa linha do tempo... Então minhas perguntas são "onde isso aconteceu, dentro dessa linha do tempo? Que facções você pode encontrar? O que existe e não existe nesse jogo?". E depois vem as mais específicas, "onde isso está no universo? Um planeta abandonado, uma estação espacial, um meteoro...?". Então tem muito brainstorm e nós estamos sempre batendo ideias.

Depois, trabalhamos com os designers e artistas para começar a criar os personagens, os biomas, os distritos em que se joga. Um distrito, se fica em uma estação, precisda fazer sentido, então como seria a aparência dele? Esse tipo de coisa. Pra mim, a parte mais difícil é que durante o primeiro terço do projeto, por assim dizer, tem um monte de coisa que é descartada. Você vem com 20 distritos, mas decidimos que teremos 12, 9, 10 distritos. É muito difícil de prever, no começo, o que você vai precisar lá na frente - e por isso a gente fica gerando e descartando ideias. É um desafio. A parte divertida, pra mim, mesmo que seja estressante, é a escrita em si. O diálogo, as anotações que você pode encontrar em uma estação, os nomes das armas e dispositivos... isso é muito divertido, não me incomoda. [em tom de piada] Vou me comparar aqui a um escultor da Renascença. Eu recebo um bloco de marfim e penso "ok, o que tem aqui dentro? Como eu começo a bater nisso aqui? O que vai sair no final?"; essa parte do processo no começo é difícil.

Endless Dungeon será lançado em 19 de outubro de 2023 para PC (via Steam e Epic Games Store), Xbox OnePlayStation 4, Xbox Series X|S e PlayStation 5. Uma versão de Nintendo Switch está prevista para chegar posteriormente.

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