Jimmy Cliff era apaixonado pelo Brasil; conheça a relação dele com a Bahia
Cantor amava futebol, teve uma filha em Salvador e foi mentor do samba reaggue ao lado do Olodum

A morte do cantor Jimmy Cliff causou comoção nas redes sociais, nesta segunda-feira (24). O músico, considerado uma lenda do reggae mundial, mantinha uma relação estreita com o Brasil e a Bahia.
Durante a década de 80, Jimmy conheceu a artista plástica Sônia Gomes em Salvador, e teve uma filha com ela. Nabiyah Be tem 33 anos, é atriz e cantora, e chegou a acompanhar o pai em algumas turnês.
"Minha mãe, engravida do meu pai, decide não criar uma filha negra em São Paulo e migra para Salvador... [Jimmy] morou conosco até os meus 9, 11 anos por aí", contou Nabiyah Be ao jornal Correio da Bahia.
A proximidade com a capital baiana rendeu parcerias importantes ao longo da carreira, com Gilberto Gil, que chegou a tocar com ele durante apresentações na cidade, e com o Olodum, dando origem ao que se conhece hoje como samba reggae.
Fã de futebol, Jimmy também esteve na Fonte Nova, o estádio do Bahia, para acompanhar o clássico "Ba-Vi", entre Bahia e Vitória. O clube prestou uma homenagem a Jimmy Cliff em suas redes sociais.
O Olodum falou do legado deixado por Jimmy, destacando sua busca pelo diálogo e preservação da cultura afro ao redor do mundo.
"Jimmy Cliff deixou um legado de diálogo entre povos, defesa da paz, valorização das raízes e afirmação cultural. Sua trajetória também marcou a Bahia e especialmente o Olodum, já que tivemos o privilégio de gravar com ele duas músicas, Reggae Odoya e Woman No Cry, nos anos 90.
Expressamos nossa solidariedade à família, aos amigos e aos admiradores deste grande mestre. Sua arte seguirá inspirando gerações", diz o perfil oficial do grupo.






