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SBT Brasil

Ministério de Minas Energia muda regras para o comércio de geladeiras de uso domiciliar

Indústria não gostou das alterações e diz que não existirá mais geladeira barata

pessoas vendo geladeira
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O Ministério de Minas Energia mudou as regras para o comércio de geladeiras e congeladores de uso domiciliar. O objetivo é reduzir a emissão de gases do efeito estufa, com a diminuição do gasto de energia.

A indústria não gostou das alterações feitas com base na eficiência energética e diz que não existirá mais geladeira barata.

Segundo o ministério, a nova resolução para o comércio de refrigeradores vai gerar até 2030 uma economia de energia elétrica equivalente ao consumo anual dos imóveis da região norte do país.

Para isso, será preciso alterar o padrão de consumo de energia dos equipamentos, hoje em até 96%. Pela nova regra, deve baixar para 85,5% a partir de 31 de dezembro. Ou seja, mesmo com o consumo menor, terá que manter o mesmo desempenho. Os estoques em poder das lojas poderão ser vendidos até o final de 2024.

O professor Edval Delboni, do Instituto Mauá de Tecnologia, destaca que a ideia é fazer o mesmo que aconteceu com as lâmpadas, trocadas de incandescentes para led: "uma lâmpada 100 watts passou para uma lâmpada de 10 watts, com a mesma claridade, então você aumentou a eficiência".

O Ministério de Minas e Energia afirma que a alteração nas regras de produção e venda das geladeiras vai reduzir a emissão de gás carbônico na atmosfera em 5,7 milhões de toneladas até 2030.

A pasta diz que, a partir de 2028, os produtos disponíveis nas lojas serão, em média, 17% mais eficientes em relação aos ofertados hoje.

As entidades do setor de linha branca e de refrigeração alegam que não haverá aumento de preço e, sim, a retirada, de geladeiras mais em conta do mercado, que não têm tecnologia capaz de atender as novas exigências.

"Ela elitiza ainda mais o mercado, fazendo com que a população mais carente não tenha condição não tenha acesso a produtos mais modernos porque elas vão ser retiradas do mercado", afirma Jorge Nascimento, presidente-executivo da Eletros.

O Ministério de Minas e Energia divulgou nota nesta 2ª feira (18.dez) para informar que o aumento de preço das novas geladeiras dentro do padrão estabelecido não passaria de 23%, algo em torno de R$ 350 para as mais baratas.

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