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CBLoL 2021 é "o primeiro passo para o futuro", afirma Riot Games
Em coletiva de imprensa, o líder de Esports da publisher falou sobre o novo formato da 10º edição, as novidades e os planos da empresa para o futuro do campeonato
14/01/2021
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Apesar dos desafios impostos pela pandemia da Covid-19, o ano de 2021 promete ser o início de uma nova era para o maior e mais aguardado campeonato de eSports do Brasil. Ao menos, essa tem sido a mensagem da Riot Games desde que deu início à divulgação das primeiras informações sobre a 10º edição do CBLoL, que começa já no próximo sábado (16), com o Primeiro Split.
O mesmo tom de entusiasmo também foi adotado pelo líder de eSports da Riot, Carlos "Cacophonie" Antunes, patrocinadores e representantes das equipes que irão disputar o torneio, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (14).
Logo na abertura da conversa, Carlos, mais conhecido como "Caco", enfatizou que, no ano em que o CBLoL completa 10 anos, a Riot assume o compromisso de inovação e de ampliação da representatividade com e para a comunidade gamer, demandas que, segundo ele, foram ouvidas do próprio público e jogadores em pesquisas recentes.
"Não vamos celebrar o que fizemos nestes 10 anos, vamos dar o primeiro passo para o futuro, para os próximos 10 anos; 2021 é um novo capítulo para o CBLoL", acrescentou Caco ao falar sobre a nova fase que se inicia não apenas com o novo formato do torneio e o recém-adotado sistema de franquias, mas também com uma reestruturação da própria marca.
Um novo modelo de campeonato e de negócio
Sobre as novas diretrizes da marca CBLoL, e toda a equipe por trás da realização do torneio, Caco apontou quatro principais objetivos: produzir mais conteúdo (indo além da cobertura das partidas), desenvolver talentos (por meio do crescimento do time de casters e da CBLoL Academy), manter um ecossistema saudável e competitivo nos eSports do país (que vem como resultado do sistema de franquias) e se reconectar com a comunidade gamer. "Nós onze [a Riot e as 10 equipes] faremos uma diferença incrível no cenário de eSports", concluiu o executivo.
Cabe aqui um breve parênteses para explicar o modelo de franquias, que foi adotado este ano pelo CBLoL, mas que já é realidade nas ligas dos Estados Unidos e da Europa. Com essa mudança, o campeonato passará a funcionar mais ou menos como a NBA (a liga norte-americana de basquete), onde todos os times participantes dividem tanto os custos e a responsabilidade pelo bom andamento da competição, quanto os patrocínios e a receita obtida com o evento como um todo. Desta forma, como todas as organizações possuem a mesma relevância dentro do torneio, a liga deixa de possuir o bom e velho (e indesejado) "rebaixamento", ou até mesmo uma segunda divisão.
Como já foi divulgado, 10 equipes aderiram ao modelo de franqueamento e irão disputar o CBLoL 2021 (ou seja, duas a mais do que nas edições anteriores). Concorrem à taça, as estreantes Loud, Cruzeiro, Rensga e Vorax (marca resultante da fusão entre Prodigy e Falkol); e as equipes que já têm tradição na modalidade: Flamengo, Furia, INTZ, KaBuM!, paiN Gaming e RED Canids. Devido ao novo sistema, a partir de agora, qualquer time que quiser ingressar no CBLoL terá que negociar com a Riot Games Brasil.
Além disso, a edição deste ano traz mudanças, pegando emprestado o termo do futebol, no "chaveamento" do torneio: serão 90 jogos ao longo da Fase de Pontos (6 a mais do que nos anos anteriores); depois que todos os times se enfrentarem duas vezes, os dois primeiros vão direto às semifinais; enquanto isso, nos playoffs, o 3º encara o 6º, e o 4º disputa contra o 5º. Segundo Carlos Antunes, a premiação da temporada será de 516 mil reais, a serem distribuídos nas duas etapas.
O formato também será aplicado à CBLoL Academy, cujo objetivo é revelar novos talentos do eSports, dentro destas mesmas 10 organizações, e tornar o cenário mais inclusivo, amplo e consistente.
Novidades e o futuro do CBLoL
Questionado sobre a possibilidade de retomada das atividades presenciais, Caco revelou que a Riot já tem investido na reformulação dos eventos e assegurou que já estão prontos para dar os próximos passos. "A gente está pronto para, em uma semana, começar a migração para o presencial. Na virada do ano, nós preparamos o CBLoL para começar o Split presencial. Estamos de olho, a medida que a regulamentação, até mesmo de prevenção sanitária, para que possamos fazer adaptações na nossa operação.(...) Temos uma série de migrações, que passa por casters no estúdio, jogadores...também estamos procurando arenas para o segundo semestre para reagirmos rapidamente".
Apesar do cenário de pandemia direcionar a expectativa geral para o retorno do público aos eventos, o grande destaque da conversa foi a dedicação da equipe CBLoL em se reencontrar com a base de todo seu sucesso, os gamers velhos de guerra que já são apaixonados pela League of Legends, mas principalmente a ambição (justa e necessária) da Riot em abraçar sua nova audiência, que nasceu inclusive do crescimento de popularidade dos jogos em geral.
Pode-se dizer, sem sombra de dúvidas, que essa foi uma das grandes lições proporcionadas pelo ano 2020. Como não é mistério para ninguém, o longo período em casa, mais conectados do que nunca, fez com que essa "nova geração" e muitas pautas sociais ganhassem fôlego e voz (muitas vozes), que tiveram não apenas que serem ouvidas pelas empresas, mas incorporadas. A Riot, felizmente, foi uma delas.
Para o dirigente de eSports da publisher, o primeiro passo da empresa neste sentido já está sendo dado com ampliação do próprio time, como na contratação de casters que têm um diálogo mais próximo e amplo com os mais diversos grupos dentro comunidade. "Queremos expandir [o conteúdo] em outras vozes; se misturar e sair mais plural. Essas vozes são o CBLoL que a gente quer criar", enfatizou.
Além disso, Caco comentou sobre planos para tornar as transmissões das partidas e dos próprios conteúdos mais acessíveis, implementando práticas como a inclusão de um intérprete de Libras. "Futuramente, está nos nossos planos [introduzir a linguagem de sinais]. A gente entendeu que isso precisa ser discutido, não só nos eSports mas também nos jogos [da Riot]. Estamos em contato com algumas pessoas da comunidade para definir e operar este processo e também começar com programas para avaliar como podemos trazer isso para as transmissões".
Ainda falando sobre planos para os próximos 10 anos, Carlos Antunes levantou a possibilidade da Riot produzir conteúdos colaborativos com as organizações parceiras do CBLoL e não descartou a ideia do "jogo de ida e jogo de volta", que é tradicional no futebol, com o revezamentos dos estúdios.
Fica, então, a expectativa para o início do tão aguardado e comentado CBLoL 2021, com a partida entre a paiN Gaming e a Loud neste fim de semana, e também para esse futuro revigorante que a Riot promete para o cenário.
O mesmo tom de entusiasmo também foi adotado pelo líder de eSports da Riot, Carlos "Cacophonie" Antunes, patrocinadores e representantes das equipes que irão disputar o torneio, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (14).
Logo na abertura da conversa, Carlos, mais conhecido como "Caco", enfatizou que, no ano em que o CBLoL completa 10 anos, a Riot assume o compromisso de inovação e de ampliação da representatividade com e para a comunidade gamer, demandas que, segundo ele, foram ouvidas do próprio público e jogadores em pesquisas recentes.
"Não vamos celebrar o que fizemos nestes 10 anos, vamos dar o primeiro passo para o futuro, para os próximos 10 anos; 2021 é um novo capítulo para o CBLoL", acrescentou Caco ao falar sobre a nova fase que se inicia não apenas com o novo formato do torneio e o recém-adotado sistema de franquias, mas também com uma reestruturação da própria marca.
Um novo modelo de campeonato e de negócio
Sobre as novas diretrizes da marca CBLoL, e toda a equipe por trás da realização do torneio, Caco apontou quatro principais objetivos: produzir mais conteúdo (indo além da cobertura das partidas), desenvolver talentos (por meio do crescimento do time de casters e da CBLoL Academy), manter um ecossistema saudável e competitivo nos eSports do país (que vem como resultado do sistema de franquias) e se reconectar com a comunidade gamer. "Nós onze [a Riot e as 10 equipes] faremos uma diferença incrível no cenário de eSports", concluiu o executivo.
Cabe aqui um breve parênteses para explicar o modelo de franquias, que foi adotado este ano pelo CBLoL, mas que já é realidade nas ligas dos Estados Unidos e da Europa. Com essa mudança, o campeonato passará a funcionar mais ou menos como a NBA (a liga norte-americana de basquete), onde todos os times participantes dividem tanto os custos e a responsabilidade pelo bom andamento da competição, quanto os patrocínios e a receita obtida com o evento como um todo. Desta forma, como todas as organizações possuem a mesma relevância dentro do torneio, a liga deixa de possuir o bom e velho (e indesejado) "rebaixamento", ou até mesmo uma segunda divisão.
Como já foi divulgado, 10 equipes aderiram ao modelo de franqueamento e irão disputar o CBLoL 2021 (ou seja, duas a mais do que nas edições anteriores). Concorrem à taça, as estreantes Loud, Cruzeiro, Rensga e Vorax (marca resultante da fusão entre Prodigy e Falkol); e as equipes que já têm tradição na modalidade: Flamengo, Furia, INTZ, KaBuM!, paiN Gaming e RED Canids. Devido ao novo sistema, a partir de agora, qualquer time que quiser ingressar no CBLoL terá que negociar com a Riot Games Brasil.
Além disso, a edição deste ano traz mudanças, pegando emprestado o termo do futebol, no "chaveamento" do torneio: serão 90 jogos ao longo da Fase de Pontos (6 a mais do que nos anos anteriores); depois que todos os times se enfrentarem duas vezes, os dois primeiros vão direto às semifinais; enquanto isso, nos playoffs, o 3º encara o 6º, e o 4º disputa contra o 5º. Segundo Carlos Antunes, a premiação da temporada será de 516 mil reais, a serem distribuídos nas duas etapas.
O formato também será aplicado à CBLoL Academy, cujo objetivo é revelar novos talentos do eSports, dentro destas mesmas 10 organizações, e tornar o cenário mais inclusivo, amplo e consistente.
Novidades e o futuro do CBLoL
Questionado sobre a possibilidade de retomada das atividades presenciais, Caco revelou que a Riot já tem investido na reformulação dos eventos e assegurou que já estão prontos para dar os próximos passos. "A gente está pronto para, em uma semana, começar a migração para o presencial. Na virada do ano, nós preparamos o CBLoL para começar o Split presencial. Estamos de olho, a medida que a regulamentação, até mesmo de prevenção sanitária, para que possamos fazer adaptações na nossa operação.(...) Temos uma série de migrações, que passa por casters no estúdio, jogadores...também estamos procurando arenas para o segundo semestre para reagirmos rapidamente".
Apesar do cenário de pandemia direcionar a expectativa geral para o retorno do público aos eventos, o grande destaque da conversa foi a dedicação da equipe CBLoL em se reencontrar com a base de todo seu sucesso, os gamers velhos de guerra que já são apaixonados pela League of Legends, mas principalmente a ambição (justa e necessária) da Riot em abraçar sua nova audiência, que nasceu inclusive do crescimento de popularidade dos jogos em geral.
Pode-se dizer, sem sombra de dúvidas, que essa foi uma das grandes lições proporcionadas pelo ano 2020. Como não é mistério para ninguém, o longo período em casa, mais conectados do que nunca, fez com que essa "nova geração" e muitas pautas sociais ganhassem fôlego e voz (muitas vozes), que tiveram não apenas que serem ouvidas pelas empresas, mas incorporadas. A Riot, felizmente, foi uma delas.
Para o dirigente de eSports da publisher, o primeiro passo da empresa neste sentido já está sendo dado com ampliação do próprio time, como na contratação de casters que têm um diálogo mais próximo e amplo com os mais diversos grupos dentro comunidade. "Queremos expandir [o conteúdo] em outras vozes; se misturar e sair mais plural. Essas vozes são o CBLoL que a gente quer criar", enfatizou.
Além disso, Caco comentou sobre planos para tornar as transmissões das partidas e dos próprios conteúdos mais acessíveis, implementando práticas como a inclusão de um intérprete de Libras. "Futuramente, está nos nossos planos [introduzir a linguagem de sinais]. A gente entendeu que isso precisa ser discutido, não só nos eSports mas também nos jogos [da Riot]. Estamos em contato com algumas pessoas da comunidade para definir e operar este processo e também começar com programas para avaliar como podemos trazer isso para as transmissões".
Ainda falando sobre planos para os próximos 10 anos, Carlos Antunes levantou a possibilidade da Riot produzir conteúdos colaborativos com as organizações parceiras do CBLoL e não descartou a ideia do "jogo de ida e jogo de volta", que é tradicional no futebol, com o revezamentos dos estúdios.
Fica, então, a expectativa para o início do tão aguardado e comentado CBLoL 2021, com a partida entre a paiN Gaming e a Loud neste fim de semana, e também para esse futuro revigorante que a Riot promete para o cenário.
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