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Rumo ao MSI, paiN fala em trazer respeito ao Brasil no cenário internacional de LoL

Em entrevista, a equipe falou sobre a fase difícil que enfrentou no início da temporada até a conquista de seu terceiro título no CBLoL e a expectativa para o MIS, que acontece em maio, na Islândia

pain cblol

19/04/2021

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Com uma vitória de 3 séries a 1 sobre os estreantes da VORAX, a paiN Gaming levou o título do primeiro split do CBLoL 2021 e, com ele, a classificação para o Mid-Season Invitational (MSI), torneio internacional de League of Legends que será realizado em Reykjavik, na Islândia, entre os dias 6 de 22 de maio.
Em entrevista coletiva, concedida neste domingo (18), logo após a grande decisão, a equipe da paiN falou sobre o começo difícil na competição e algumas melhorias que se tornaram decisivas na conquista do tricampeonato brasileiro de LoL.
"A  gente começou a ver os nossos erros e trabalhar neles de forma certa. A gente estava simplesmente deixando levar, treinando sem muito objetivo no começo do campeonato. Da metade para o final a gente conseguiu focar muito bem nos nossos erros principais, focar realmente em melhorar eles, e não ficar só treinando por treinar", contou brTT.
Para os jogadores, além dos ajustes técnicos e treinos, o que foi de fato fundamental para o resultado da equipe foi o trabalho psicológico do grupo, que se viu muito abalado depois de alguns tropeços na primeira etapa da competição. "Depois de tomar 'um sapeco' no CBLoL a gente viu que tinha que melhorar bastante coisa. Acho que todo mundo evoluiu bastante individualmente no time também", completou Tinowns, argumentando que, a partir deste momento, percebeu a equipe mais madura e entrosada. 
No caso de integrantes mais experientes, o jejum de 5 anos no CBLoL e a consequente pressão por parte da torcida também influenciaram na postura dos jogadores que, se por um lado sentiram o peso da responsabilidade, por outro, viram aí uma grande motivação. Agora, com o terceiro título em mãos, a sensação de dever cumprido é ainda maior.
"Eu sou um jogador que gosta de ganhar, então todo esse tempo de quase chegar lá ou de estar em time que não vai tão bem foi muito difícil para mim. Esse título agora dá um alívio gigantesco, não só por todo esse tempo sem títulos, mas pela final passada, o split passado, o jeito que tudo aconteceu me doeu bastante", disse o jogador de meio Tinowns.
No caso de brTT, porém, a vitória tem um gostinho ainda mais especial. O atirador, que se tornou neste fim de semana o maior vencedor da história do CBLoL, revelou que a sentia duplamente pressionado por já ser um veterano na categoria. "Eram muito anos sem ganhar um CBLoL e tem muita cobrança para cima de mim, por conta da idade, falando para eu parar de jogar...tirou um peso absurdo das minhas costas esse título, e poder dar essa alegria para torcida, que estava esperando há muito tempo", disse o jogador, que já acumula seis títulos do CBLoL, um a mais que a equipe mais vitoriosa do campeonato, a INTZ.
A felicidade com a conquista do campeonato, porém, não tirou o foco da paiN de um objetivo ainda maior: o MSI. Já com os olhos em seu próximo desafio, a euforia da vitória parece quase inexistente se comparada com o entusiasmo e a confiança do time para o torneio na Islândia. Agora, mais do que um título, os jogadores querem trazer respeito para o Brasil no cenário internacional de League of Legends.
"Eu estou bastante ansioso para jogar lá fora, é algo que eu sempre sonhei. E eu estou bem confiante também com o nosso time, acho que a gente consegue trazer bons resultados, a gente vai em busca disso. Vamos tentar não ser só mais um time lá fora", afirmou Cariok, que foi uma das principais revelações da temporada.
Já para brTT, mostrar a força e a relevância dos brasileiros na cena mundial de LoL se tornou sua maior motivação como jogador profissional. "Eu quero fazer com que o Brasil tenha pelo menos um mínimo de respeito pelas outras regiões. Eu acho que, se tratando disso, as pessoas olham para a nossa região como piada, então, eu espero, antes de parar, conseguir mudar isso de alguma maneira. Eu acho que é por isso que eu ainda continuo jogando, que eu continuo tendo forças pra jogar; se não fosse por isso, eu já tinha parado há muito tempo", desabafou.
Em seu quarto evento internacional, brTT acredita que sua experiência pode fazer diferença dentro do grupo, visto que, com essa bagagem, ele poderá ajudar os colegas a lidar com o verdadeiro vilão deste tipo de competição: a insegurança. 
"Estou indo com uma mentalidade muito boa e acho que temos condição de passar, pelo menos, da primeira fase. Estou indo bem confiante, mas é claro que a gente tem que manter essa nossa curva de melhora até lá, se a gente quiser ganhar de algum time nesse MSI. E a gente tem que ir bem confiante, porque eu acho que isso é uma coisa que faz com que os times que vão para fora se deem muito mal; entram na partida sem confiança, sem conseguir impor o jogo que eles querem, sem conseguir fazer as coisas que querem fazer por conta dessa falta de confiança", explicou o jogador.
A paiN Gaming se classificou para o grupo B do MSI, que é composto pelos vencedores da Liga Europeia (LEC), o MAD Lions, da Liga do Pacífico (PCS), o PSG Talon, da Liga Turca (TCL), Istambul Wildcats, e da Liga Brasileira (CBLoL). 
Apesar de muito confiante, a equipe mostrou que está de olho no andamento das ligas internacionais e que não subestima seus concorrentes. O jogador de topo Robo foi um dos que se mostrou antenado na performance dos outros times e analisou quais serão os próximos grandes desafios da paiN na fase classificatória do MSI.
"O mais difícil fica entre LEC e PCS, mas eu acho que a PCS é uma região que é sempre muito boa. A LEC sem dúvidas também é muito boa, é uma liga que está sempre ali no top 3 mundial, nos campeonatos internacionais. Então, a LEC é muito forte, só que na minha visão o campeão da PCS tá um pouquinho melhor, que é o PSG Talon, ele está um pouquinho melhor que a MAD Lions. Mas, acho que a partida que vai ser mais importante para a classificação vai ser com certeza contra a MAD Lions", explicou Robo.
Ao longo desta edição do CBLoL, o time da paiN demonstrou que, no final das contas, a tradição e a experiência só se tornam diferenciais quando trazem consigo um aprendizado: se levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima. Taça em mãos e passaporte carimbado para a Islândia, a equipe leva na bagagem o sonho de trazer esse título inédito para o Brasil enquanto, por aqui, a gente vai na torcida fazendo o P.
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