Microsoft acusa Sony de pagar estúdios para jogos não chegarem ao Game Pass
Em documento enviado ao governo brasileiro, advogados da Microsoft estão dizendo que a compra da Activision Blizzard não gerará monopólio no mercado de jogos
11/08/2022
Por meio de documentos fornecidos ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) processo de aquisição da Activision Blizzard, a Microsoft fez uma alegação que a Sony Interactive Entertainment estaria pagando por "direitos de bloqueio" em diferentes jogos, evitando que os mesmos sejam lançados no Xbox Game Pass.
Os comentários são parte de uma resposta da defesa da companhia à editora japonesa. Esta última alegou ao governo do Brasil, de forma pública, que a aquisição da franquia Call of Duty (pertencente à Activision Blizzard, que está sendo comprada por US$ 70 bi pela gigante dos EUA) seria anticompetitiva no mercado de jogos. No documento está presente a seguinte afirmação:
"A capacidade de continuar expandindo o Game Pass tem sido obstruída pelo desejo da Sony em inibir tal crescimento. A Sony paga por ?direitos de bloqueio? para impedir que desenvolvedores adicionem conteúdo ao Game Pass e outros serviços de assinatura concorrentes."
Vale lembrar que esse mecanismo de pagar para evitar a chegada de conteúdo a outro console, não é uma coisa recente. A Xbox possuía exclusividade temporária sobre os DLCs de Call of Duty até 2014. Nos últimos anos, a Activision vem lançando modos de jogo do FPS primeiramente no PlayStation, como vimos em Black Ops Cold War.
No início de junho, Matt Booty, chefe do Xbox Game Studios, havia esclarecido que franquias da Activision Blizzard e Bethesda não deveriam ser totalmente retiradas do PS4 e do PS5. Ainda segundo ele, certos games acabarão tendo exclusividade no console da Microsoft, mas grandes nomes devem ficar disponíveis em ambas as plataformas, a fim de buscar um equilíbrio e fortalecer a comunidade.