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Worlds 2022: DRX opera o milagre e é campeã mundial de League of Legends

Equipe superou a T1 de Faker, o maior jogador da história do MOBA

Foto da equipe DRX levantando o troféu de campeã do Worlds 2022

João Pedro Ribeiro Leandro

07/11/2022

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A equipe DRX conquistou o Worlds 2022, campeonato mundial de League of Legends, no último domingo (06). O primeiro título internacional da organização veio após uma vitória de virada em cima da T1, equipe liderada por Faker, maior jogador da história do MOBA, na Grande Final.

Desacreditada desde o início de sua caminhada, ainda nas finais regionais da LCK (liga coreana de LoL), a DRX veio ao Worlds 2022 como o seed 4 de sua região e chegou a disputar a Fase de Entrada. Para os que não sabem, esta fase é onde equipes de regiões menores (como o CBLOL, do Brasil) disputam para buscar uma vaga na fase de grupos do Mundial.

A grande história da DRX no torneio era algo pessoal: a carreira do atirador Deft, que foi para o campeonato pensando em se aposentar. Em sua história, o jogador foi campeão em todos os lugares que passou e é considerado um dos maiores na história de sua posição.

Apesar de uma carreira vitoriosa, Deft nunca havia sido campeão mundial de League of Legends. O mais perto que o jogador havia chegado de brigar pelo título foi em 2014, quando atuava pela Samsung Blue e caiu nas semifinais para a Samsung White.

Assim, a equipe mostrou muita força mental na busca para entregar este título para Deft e para si mesmos. Além de Deft, o segundo jogador mais experiente da equipe é o suporte Beryl, que foi campeão do Worlds em 2020 como jogador da DAMWON (atual DWG KIA).

A Caminhada até a Final

Isso se mostrou dentro de jogo, quando a DRX dominou a Fase de Entrada com cinco vitórias, uma delas em cima da chinesa Royal Never Give Up - atual campeã do MSI. A equipe garantiu sua vaga da Fase de Grupos com tranquilidade e foi colocada para jogar no Grupo C, junto de GAM Esports (VCS), Rogue (LEC) e Top Esports (LPL).

Nos grupos, a DRX também mostrou que estava decidida a fazer uma campanha história, garantindo a liderança após uma vitória no desempate contra a Rogue. E apesar de liderar seu grupo, o resultado criou um caminho difícil para a equipe, que teria de enfrentar a EDG, atual campeã mundial e ex-equipe de Deft, nas quartas de final.

Mais uma vez com a marca da desconfiança, a DRX enfrentou muita dificuldade na série, começando com duas derrotas. Mas para o bem da história da subestimada equipe, os jogadores conseguiram aplicar um reverse sweep (virada completa) e conquistar a classificação para as semifinais com um 3 a 2.

Na sequência, foi a vez da DRX enfrentar a Gen.G, seed 1 da LCK. Apesar de ser um time ainda mais favorito do que a EDG, a Gen.G jogou aquém de seu potencial nesta semifinal e se viu derrotada pela equipe de Deft por 3 a 1.

A Grande Final

Já na Grande Final, que teve uma cerimônia de abertura com a presença do rapper Lil Nas X, foi a hora da verdade para os jogadores da DRX. Tirando Beryl, nenhum dos jogadores da equipe haviam chegado até uma decisão de Mundial, e além disso, a equipe adversária era justamente a maior campeã da história do Worlds: a T1.

Liderada por Faker, a histórica organização veio para o duelo como franca favorita. Mas novamente, a DRX não era estranha a ser considerada como o time mais fraco em uma série melhor de cinco.

E para começar, tivemos um choque de realidade para DRX: uma vitória fácil para a T1 no primeiro jogo. Com o resultado, parecia que a história de Deft no League of Legends se encerraria com um resultado rápido para a equipe de Faker.

Porém, a DRX respondeu no segundo jogo com uma vitória em 46 minutos no game mais longo da competição. Com uma grande partida de Kingen, a equipe conseguiu voltar na série e seguir com o sonho vivo.

Mas em seguida, a T1 dominou mais uma partida, com uma vitória dominante em uma partida apagada do caçador Pyosik, que perdeu dois buffs do Barão para a equipe rival. Para muitos, isto seria o momento de choque mental para a DRX, já que a equipe ficaria com as contas para a parede na continuação da série.

Mas foi aí que a DRX ficou mais perigosa: o jogo quatro foi uma vitória dominante da equipe, em menos de 29 minutos. Com isso, a equipe deu o que os fãs queriam: um jogo cinco na grande final do Worlds 2022.

No jogo final da série, tivemos um dos jogos mais tensos e nervosos deste mundial. Ambas as equipes buscavam não errar, escolhendo muito bem as suas lutas, mas a DRX saiu bastante na frente no early game.

A vantagem construída principalmente em Kingen e Pyosik fez com que a DRX tivesse a vantagem nas lutas, controlando o game cedo. Assim, não foi difícil para a equipe vencer uma luta decisiva e buscar o Barão, mas novamente, Pyosik acabou perdendo o buff para a T1.

De novo, a DRX teve tudo para ter um impacto mental e acabar cedendo a derrota, mas o time apresentou um psicológico de ferro e conseguiu seguir impondo o seu jogo para cima da T1. Com isso, o buff do Dragão Ancião foi a chave final para a vitória que deu o título para a DRX.

O top laner da DRX, Kingen, foi eleito o MVP da Grande Final. O jogador brilhou quando era esperado que Zeus dominasse a rota superior, não deixando um dos destaques da T1 aparecer para jogo na série mais importante do ano.

Foto de Kingen, top laner da DRX, com o troféu de MVP das Finais do Worlds 2022
(Divulgação / LoL Esports)
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