Rafael Grassetti conta os bastidores de God of War Ragnarök
Em entrevista ao SBT Games, o diretor de arte revela como foi processo criativo da nova jornada de Kratos e Atreus
09/11/2022
Em 2018, a clássica franquia God of War voltou com um novo estilo visual e gameplay. Agora na mitologia nórdica, vemos Kratos enfrentar os traumas do passado como deus e guerreiro espartano, junto com o presente desafio de criar seu filho Atreus.
Nesta quarta-feira (9), o lançamento de God of War Ragnarök dá continuidade nesta jornada, onde Atreus busca respostas sobre sua identidade como Loki em meio ao Fimbulwinter, o grande inverno que antecede o Ragnarok.
E apesar do God of War de 2018 ter pavimentado o caminho para a sequência, o diretor de arte do Santa Monica Studio, Rafael Grassetti, afirma que não foi uma tarefa fácil, onde a equipe ficou até mesmo apreensiva sobre como seria a receptividade das novas reviravoltas no enredo.
"Todo mundo fala que o segundo é mais fácil, e na verdade não é. No God of War de 2018, a gente não sabia muito se os fãs iriam gostar, e meio que criamos um 'escudo' até para criar realmente essa parte de revelações e tudo mais".
"Agora no Ragnarok foi o desafio de quantidade e entregar uma experiência tão grande ao mesmo tempo. Tínhamos que entregar senão igual ou mais do que 2018 em relação a tempo e conteúdo. E a gente acabou quase fazendo o dobro em relação ao conteúdo do que a gente fez no último jogo", completou o diretor.
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Veterano na indústria, Grassetti já passou por grandes estúdios como Hasbro, Marvel e Ubisoft, e trabalhou nas franquias Mass Effect, Dragon Age, Killzone, entre outros. Como diretor de arte de God of War de 2018, ele foi um dos responsáveis pela aparência do Kratos e Atreus.
Em Ragnarok, Grassetti comandou o projeto no geral, porém, ele revelou que conseguiu trabalhar em alguns personagens em particular, dentre eles os irmãos Brok e Sindri, os anões ferreiros que apareceram no título de 2018, mas que terão maior relevância e aprofundamento nesta sequência.
O vídeo publicado pela PlayStation mostra os bastidores da produção de Svartalfheim, a terra dos Anões e lar dos Irmãos Brok e Sindri.
Assim como o há quatro anos, Ragnarok continua aprofundando os personagens e adicionando novos deuses da mitologia nórdica, como Thor, o deus do Trovão. E também traz personagens já conhecidos, como a deusa Freya, uma ex-aliada que busca vingança após a morte de seu filho Baldur pelas mãos de Kratos.
O diretor de arte comentou como foi o processo de criar uma história original tendo como base a mitologia nórdica.
"Logo no começo da produção do God of War 2018, a gente realmente tentou entrar de cabeça mesmo na mitologia, lendo tudo que tá disponível. A mitologia nórdica tem pouca coisa disponível em relação a detalhes. Isso por um lado é bom porque a gente consegue realmente criar em cima disso", disse Grassetti.
"A gente buscou ser mais fiel ao conteúdo, e obviamente, o Kratos é um ponto fora que liga toda a franquia e eu acho que tudo vai mudar com eles estando presente", completou.
Sobre o futuro da franquia, Rafael Grassetti deixa em mistério, mas afirma que está muito ansioso pela reação dos fãs com a nova história de Kratos e Atreus.
"Eu ainda acho que tem bastante coisa que a gente queria contar na mitologia nórdica. Quem sabe a gente consegue explorar ainda alguns temas. Mas como fã, estou feliz, muito feliz que a gente fez a mitologia nórdica. Estou muito ansioso para ver como a galera vai reagir às coisas que fizemos", completou.
God of War Ragnarök está disponível para PlayStation 4 e PlayStation 5.