Review: One Piece Odyssey
Confira o review do SBT Games sobre o novo jogo da franquia do bando do Chapéu de Palha
11/01/2023
One Piece Odyssey é um RPG que comemora os 25 anos do mundialmente conhecido One Piece, combinando elementos clássicos do gênero JRPG com as peculiaridades do universo do bando do Chapéu de Palha. O título contou com o envolvimento direto de Eiichiro Oda, autor de One Piece, que contribuiu para este projeto com personagens e monstros novos, além da trama principal. Também complementa o jogo uma trilha sonora do compositor Motoi Sakuraba, famoso por suas contribuições musicais para séries de jogos como Dark Souls e Tales of.
Sem mais enrolações, vamos ao que interessa. Fique agora com nosso review (sem spoilers) sobre One Piece Odyssey.
História
Em sua viagem pela Grand Line, o capitão Monkey D. Luffy e o Bando do Chapéu de Palha são surpreendidos por uma tempestade marítima. Após a tormenta, eles se encontram em uma ilha misteriosa chamada Waford e acabam se perdendo uns dos outros. Luffy decide fazer um reconhecimento da ilha para reunir seus companheiros que se perderam, e os Chapéu de Palha se deparam com uma ilha nada comum (assim como várias outras durante sua jornada) e são recebidos por dois habitantes humanos: Adio e Lim.
Dando um breve resumo, e novamente, sem spoilers, Adio é um explorador que está preso há muito tempo em Waford, enquanto Lim, é uma garota que possui poderes misteriosos, os quais serão o motivo dessa jornada da tripulação de Luffy. Acontece que, Lim, possui um poder, que, ao tocar nos tripulantes do Thousand Sunny, remove deles o conhecimento e o uso das habilidades que aprenderam desde o início da sua jornada. Por isso, Luffy, Zoro, Nami, Usopp, Sanji, Chopper, Robin, Franky e Brook terão que procurar pelos "cubos" (item que descreverei mais a frente nesse review) para recuperarem seus poderes e conseguirem sair desta misteriosa ilha.
Gráficos
No geral, os gráficos de One Piece Odyssey impressionam. O vídeo de introdução tem qualidade gráfica excelente. O jogo busca não perder a identidade de anime, mas ao mesmo tempo, dá um salto bem grande em relação a títulos anteriores da franquia. O game é bem polido, e no cenário inicial, na praia de Waford, podemos ver o carinho no desenvolvimento da água e da areia.
Ao longo do jogo, a introdução de cavernas, praias, desertos e cidades deixa claro a preocupação dos desenvolvedores com a beleza de One Piece Odyssey. As cidades são bem povoadas, com diversos NPC's interagíveis que sempre tem algo a dizer, ou alguma quest para solicitar, mas sempre com aquela aparência característica da obra original.
Controles e Comandos de Batalha
Existem duas mecânicas básicas presentes em One Piece Odyssey, sendo elas a jogabilidade dentro e fora dos combates. Quando você está explorando, é possível se mover, controlar a câmera, interagir com itens e NPC's, pular, usar habilidades únicas de cada personagem para exploração, abrir os menus, abrir o mapa, correr e ativar a corrida automática (mecânica em que seu personagem corre sozinho, bastando a você mexer apenas a câmera). Um ponto de destaque são as habilidades únicas de cada personagem para exploração.
Luffy por exemplo, é capaz de usar Haki da Observação, além de alcançar itens distantes e cipós, que permitem avançar para outras áreas. Já Zoro, é capaz de cortar grandes portas com sua espada, Chopper pode passar por pequenas passagens, enquanto Franky pode construir pontes para interligar o mapa. Todos os personagens tem habilidades únicas, super importantes para exploração.
Agora falando sobre a mecânica de combate, temos aqui as clássicas batalhas por turnos. O interessante em One Piece Odyssey é que cada personagem fica posicionado de uma forma no mapa, e você pode definir isso previamente. É possível deixar Luffy isolado em áreas contra vários inimigos, deixar Chopper reunido com o grupo para usar habilidades de cura, ou deixar Usopp isolado para ataques a distância. Tudo isso deixa o combate ainda mais interessante.
Os personagens do game são divididos em três classes: Força, Técnica e Velocidade. Cada uma dessas classes tem uma forma de jogar, fraquezas e resistências contra os variados tipos de inimigos que você enfrenta pelo jogo. Vale destacar também que é possível paralizar, sangrar, amendrontar e atordoar. Usopp por exemplo, se amedrontado pelos oponentes, passa seu turno sem jogar, deixando assim o bando do Chapéu de Palha na mão.
Um detalhe que vai poupar horas da sua gameplay é a Batalha Automática. É possível designar a IA do game para jogar por você, acelerando assim as batalhas contra monstros mais fracos que aparecem no decorrer do jogo. De modo geral, a Inteligência Artificial é boa, vencendo as batalhas e até mesmo cumprindo objetivos que aparecem no decorrer do combate. O revés aqui fica no momento de grandes batalhas, em que é melhor você mesmo traçar a sua estratégia.
Exploração
Como dito anteriormente, fora de combate, é possível explorar bastante a ilha de Waford (e outros cenários que não mencionarei aqui por motivos de: spoilers). Cada personagem possui habilidades únicas de exploração, as quais listarei abaixo:
Luffy: O líder do bando do Chapéu de Palha pode esticar seus braços, alcançando itens e lugares distantes, além de usar o Haki da Observação para detectar inimigos raros, que concederão altos níveis de recompensas.
Sanji: O sobrancelhudo é capaz de encontrar ingredientes especiais, os quais pode cozinhar, fornecendo comida ao bando que recupera PV (vida) e concede efeitos especiais como aumentar ATQ, DEF e outros atributos.
Chopper: A rena mais querida deste anime, por conta de seu tamanho, é capaz de passar por pequenas entradas que são inacessíveis para outros membros do bando.
Zoro: O espadachim pode cortar objetos que atrapalhem a sua jornada, como portas de aço, danco acesso a áreas que costumam ter recompensas.
Nami: A gatuna que controla a navegação do Thousand Sunny é capaz de usar suas habilidades para encontrar Berries, moeda do jogo, dando assim condições ao bando de adquirir itens durante a jornada.
Usopp: O narigudo mais certeiro é capaz de atirar em alvos distantes, encontrando itens especiais para "craftar" munição especial que pode ser usada durante as batalhas.
Robin: As suas habilidades são trazidas direto do anime para o jogo, tornando-a capaz de desvendar informações importantes sobre One Piece Odyssey.
Franky: O fortão mais SUPER desse jogo tem a habilidade de construir pontes, acessando áreas com grandes recompensas.
Outras habilidades de personagens do game, você podera conferir mais pra frente, em sua aventura.
Equipamentos
Durante sua jornada, você terá acesso a equipamentos que melhoram os atributos dos personagens. O diferencial de One Piece Odyssey é a forma como você gerencia esses equipamentos.
Aqui, você deve usar a área desse quadrado, e manusear os itens, de forma que caibam dentro do slot. Há itens que ocupam essa área de variadas formas, lembrando muito do jogo Tetris.
Fragmentos de Cubo e Acampamento
Fragmentos de cubo fazem parte de toda a narrativa do game. Com eles, é possível aumentar o nível das habilidades dos membros do bando, e estão sempre bem escondidos, em lugares altos ou no cantinho do mapa. Você deve recuperá-los para trazer de volta as habilidades "perdidas" dos Chapéu de Palha.
Também é possível montar acampamentos, local onde os membros do bando podem descansar, dar festas, comer, trocar de roupa e craftar itens, fazendo comida com o Sanji, preparando munição com Usopp e melhorando equipamentos com a Robin. Dar festas recupera PV de todos os membros do grupo, além de conceder um bônus durante as próximas batalhas.
Considerações Finais
Vale a pena jogar One Piece Odyssey? Se você é fã de One Piece e curte um RPG esse jogo é obrigatório em sua bilbioteca. O game impressiona pelos gráficos, traz aquela nostalgia do anime, mas também peca em alguns aspectos. Em diversos momentos você fica limitado a seguir o objetivo, não podendo explorar o mapa. Há situações em que os outros personagens te obrigam a executar uma ação. O desenvolvimento as vezes é arrastado, e você passa tempo demais em um determinado local, sem sentir que está progredindo.
Algumas adições foram super positivas, como acelerar as batalhas e colocar a IA pra lutar por você. Isso faz com que se torne menos "chato" o desenvolvimento do game. As batalhas, apesar de repetitivas, são divertidas, e os chefes fazem com que você tenha que traçar uma estratégia. O game te permite usar diversas builds para os personagens, deixando bem legal a parte de customização.
O novo jogo da franquia foi desenvolvido pela ILCA, Inc. e distribuido pela Bandai Namco, com lançamento marcado para 12 de janeiro para PC, e 13 de janeiro para PS4, PS5 e Xbox Series S e X.