Esports: "Não é esporte, mas o brasileiro é bom", diz presidente do COB
Apesar da declaração, Paulo Wanderley confirma que pode vir a mudar de ideia

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Paulo Wanderley, declarou que não considera esportes eletrônicos como esporte, mas exaltou o desempenho brasileiro neles. Declaração segue a linha de Ana Moser, ministra do Esporte, que também reconhece os esports.
A declaração foi dada pelo dirigente à Folha, em entrevista que falou sobre a Olympic Esports Series 2023, competição organizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e sediada em Singapura. O dirigente confirmou que estará presente no evento para "quem sabe, mudar de opinião".
O evento promovido pelo COI foi questionado por grandes nomes dos esports por conta dos jogos escolhidos, que não são os principais títulos do gênero. Dentre as escolhas, as menos criticadas foram Just Dance (dança) e Gran Turismo (Automobilismo).
Mas isso não foi um obstáculo para Paulo Wanderley, que declarou que seguirá o que for declarado pelo Comitê Olímpico Internacional. "O que o COI decidir, vou fazer. Vai ter [esports] nas Olimpíadas? Então vamos montar uma equipe, vamos levar e vamos ganhar. Brasileiro é bom nesse negócio", disse o dirigente.
Formado em educação física pela Universidade Federal do Espírito Sando (UFES), Paulo Wanderley é judoca e preside o COB desde 2017.
