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Review: Diablo IV é tudo que os fãs sonharam e muito mais

Novo título traz o que a franquia tem de melhor em um mundo devastado pelo retorno de Lilith e Inárius

Imagem promocional de Diablo IV
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Após 11 longos anos de espera e diversas polêmicas, os fãs de Diablo finalmente terão acesso a continuação da história de Santuário. E não é para menos: com lançamento marcado para o dia 6 de junho, Diablo IV traz a franquia de volta em meio ao caos causado no mundo pelo retorno de Lilith e Inárius.

No jogo base podemos escolher entre cinco classes, sendo elas Bárbaro, Necromante, Mago, Renegado e Druida, todas customizáveis, desde gênero até penteado e tatuagens ou cicatrizes, e após a criação, nosso personagem começa sua "jornada do herói improvável" em uma caverna gelada, após eventos misteriosos, sem grandes pretensões além de buscar abrigo. E é assim que somos introduzidos a Santuário, o mundo criado pela união do arcanjo Inárius e Lilith, a filha de Mephisto, Lorde do Ódio.

Gameplay

No meu caso, como já tinha familiaridade com a classe de Mago por conta do Beta Aberto, mantive a escolha para a gameplay que deu origem a esta review, optando por criar uma build focada em controle de grupo e dano em área. A satisfação de estar no comando em todas as batalhas, congelando inimigos e criando espaços seguros durante o combate foi algo que fez eu me sentir poderoso durante toda a gameplay, onde morri apenas umas três vezes (joguei na dificuldade II - Veterano), me dando a sensação de controle ao longo da jornada.

As mecânicas dos itens Lendários e o Códice de Poder possibilitam que o jogador potencialize a sua build sem muitas complicações, com opções para todas as classes e todas as especializações, sem limitar as escolhas a uma build única, Diablo IV possui muita variedade no que podemos usar durante a gameplay, algo que será perceptível após o lançamento com eventos multiplayer como os Clãs e as batalhas contra World Bosses. E por falar em variedade e personalidade, o sistema de Transmogrificação (Transmog) possibilitou que eu estilizasse meu personagem para me representar dentro de jogo, com uma enorme variedade de vestes, armaduras e armas que pude combinar para criar meu estilo favorito.

História

A trama de Diablo IV acontece 50 anos após Diablo III: Reaper of Souls, em um mundo tomado pelo conflito dos fiéis da Catedral da Luz, que acreditam e seguem cegamente, e os planos da Filha do Ódio, trazida de volta a Santuário por um misterioso Homem Pálido. O mundo está bastante diferente do anterior, mas ainda há um resquício do que um dia foi a ordem dos Horadrim, com o velho conhecido Lorath Nahr ainda vivo.

Sem revelar spoilers, posso dizer que a história expande bastante o universo da franquia Diablo, dando muita profundidade ao universo do jogo com um enredo que é atrativo mesmo para jogadores que não experimentaram os títulos anteriores, com personagens carismáticos e um papel importante para nós jogadores, com o nosso herói sendo parte até mesmo de cinemáticas. A sensação de urgência esteve presente a todo o momento, fazendo com que em certos momentos eu corresse para a próxima missão da campanha, cheio de curiosidade para o que viria a seguir.

Mundo aberto

Uma das novidades introduzidas em Diablo IV é o mundo aberto, totalmente livre para exploração a partir do momento em que o jogador chega em Kyovashad, capital das Cimeiras Fraturadas (primeira na região do jogo). A liberdade de vagar por Santuário é diferente do que os fãs estão acostumados, mas mantém a essência da franquia, dando mais imersão no mundo de Santuário.

Por diversas vezes me vi desviando da rota até uma missão para explorar algum calabouço, evento aleatório ou até mesmo uma missão secundária que aparecia pelo mapa, seja na busca de interagir com o mundo ou apenas por itens melhores. Um dos momentos mais memoráveis da minha gameplay foi ouvir duas crianças falando que iriam se atrasar para ouvir um adulto contar uma história e, ao segui-las, pude ouvir o conto ao lado de uma fogueira.

Além disso, a presença de uma montaria, apesar de demorada, é um ponto positivo para vagar pelo vasto mapa de Diablo IV, sendo uma das formas mais satisfatórias de navegar pelo jogo.

Considerações finais

No fim, Diablo IV apresenta o que a franquia tem de melhor, com atualizações muito bem-vindas e uma boa experiência no PC, apresentando uma gameplay bastante fluida e sem a presença de bugs, algo que se tornou padrão no lançamento de jogos AAA na plataforma. Além disso, o novo título promete ser longevo graças as mecânicas e sistemas que garantem aos jogadores a possibilidade de explorar Santuário por vários anos, principalmente com potenciais DLCs e conteúdos extras que a Blizzard pode incluir no jogo com o passar do tempo.

Com um gameplay satisfatória e divertida, algo essencial para um jogo com estas pretenções, o jogo pode, na minha visão, conseguir ser um dos indicados a Jogo do Ano de 2023. Mas isso não exime o título de alguns problemas, especialmente na repetição dos visuais dos calabouços aleatórios que aparecem pelo mapa (eles são curtos, mas muitas vezes eles tem o visual exatamente igual, com inimigos e recompensas diferentes), dando a entender que o porão de maioria das casas de Santuário é exatamente igual.

No fim, a essência da Diablo foi mantida, com as adições sendo trazidas para modernizar a série e criar uma experiência mais confortável e duradoura para os jogadores, assim, não é arriscado dizer que Diablo IV é o melhor jogo da franquia em seus 26 anos de história.

Diablo IV chega no dia 6 de junho para as plataformas PC (Battle.Net), PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S, com jogadores que adquirirem a edição Digital Deluxe ou Ultimate tendo acesso ao jogo até quatro dias antes do lançamento oficial. Nos vemos em Santuário!

A cópia de Diablo IV (PC) usada para escrever esta review foi cedida pela Blizzard

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