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SBT Games

"Somos capazes de fazer um bom jogo", declara YoDa sobre o Magistrike

Em entrevista exclusiva ao SBT Games, o criador de conteúdo e empresário falou sobre seu mais recente projeto e os objetivos por trás do Magistrike.

Magistrike Logo

13/12/2023

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Quem acompanha o streamer YoDa pode saber muitas coisas sobre o mesmo, dependendo de quando começou a acompanhá-lo. Desde jogador de LoL, a campeão do CBLOL, mas sempre criador de conteúdo. Recentemente, o também empresário conversou com o SBT Games com exclusividade e falou sobre seu projeto mais recente: o Magistrike.

Magistrike Logo
Logo do Magistrike mostrada em Trailer | Reprodução: Magistrike

O Magistrike será um jogo, ainda em processo de criação, do gênero roguelike, da mesma família de outros títulos como Hades, Dead Cells, entre outros. A ideia com o projeto, além de outros objetivos, é mostrar a qualidade do trabalho brasileiro no quesito de criação de jogos para o mundo.

"A ideia inicialmente é mostrar ao mundo que somos capazes de fazer um bom jogo. Além disso, sinto que estamos em um bom momento em relação a jogos brasileiros, jogos em desenvolvimento, o público está aderindo mais a jogos daqui, e segundo, fazer um jogo que tem nossa cara, a minha e da nossa comunidade."

YoDa ressalta também o desafio de criar um jogo multijogador, vindo de suas raízes de competidor, querendo dar a melhor estrutura possível para o público. "O jogo tem que estar liso, o tempo de resposta tem que estar bom? O jogo será multiplayer, com PvP e PvE, com estilo extraction, como o Tarkov."

Além disso, o novo jogo contará com estilo isométrico, como explica o empresário, tal qual Diablo, Path of Exile, e até o LoL, com a câmera posicionada por cima.

Consoles na mira

O jogo está sendo preparado primeiramente para o PC, como YoDa explica, pela questão da necessidade do seu bom desempenho para jogadores mais competitivos e pelas próprias características do Magistrike, onde cada jogada é importante. Contudo, ele afirma que o lançamento para consoles está sim na mira, como uma das metas do financiamento coletivo.

"Acredito que seja a quarta ou quinta meta, mas está lá de fazermos esse cross para consoles, como Xbox e PlayStation. No futuro mais distante, depois dos lançamentos no PC e consoles, faríamos outra versão do jogo para o Mobile."

Mas e o primeiro lançamento? Como o jogo ainda está em desenvolvimento, os participantes do financiamento coletivo, além dos apaixonados pelo gênero, terão que esperar um pouco para ver o produto final concluído. Porém, como YoDa explica na entrevista, os participantes do financiamento receberão acesso ao beta do Magistrike, este previsto para o período entre o fim de 2024 e o começo de 2025.

Apesar desse período de espera, o público não ficará sem ver o estado do jogo. De acordo com YoDa, um dos aspectos mais interessantes do projeto é o fato do público poder acompanhar o desenvolvimento do Magistrike mais de perto do que o habitual. O criador explica que fará transmissões ao vivo em seu canal na Twitch mostrando como está o processo de desenvolvimento.

"Não vamos guardá-lo e só mostrar pronto, queremos criar com a comunidade. O Discord do Magistrike já conta com 20 mil membros, é juntar todo mundo nesse processo. A ideia é mostrar na minha live, a criação do jogo, então vou trazer os devs para conversar, mostrar o desenvolvimento, a gameplay, e discutir com a galera o que está e não está ficando legal."

Magistrike 02
A comunidade terá participação no desenvolvimento | Reprodução: Magistrike

Participação da comunidade

Algo que YoDa destaca bastante durante a conversa é a importância da participação da comunidade, não só através do financiamento coletivo. Como ele próprio ressalta, não se trata de uma doação, mas sim uma contribuição para o desenvolvimento do projeto, o que aumenta a cada nível de colaboração.

De acordo com o streamer, no nível 6 do financiamento coletivo, por exemplo, os participantes terão acesso a workshops sobre desenvolvimento de jogos. Para estar nesse nível, a pessoa deve desembolsar R$ 5 mil. "Mas, caso o jogador não tenha como apoiar financeiramente, tudo bem também, pois poderá acompanhar todo o processo em live."

"Queremos alcançar todas as comunidades, níveis sociais, independentemente do quanto ela puder doar. Quem não puder contribuir, a pessoa poderá ver tudo em live, mas quem puder contribuir com R$ 10 mil e acredita muito no projeto, terá suas exclusividades, como a criação de mobs e bosses no jogo."

Nada de P2W

Ainda nesse ponto, YoDa garante que não haverá nada de "pay 2 win", isto é, jogadores gastando dinheiro real para comprar itens exclusivos que sejam mais poderosos que os itens ganhos dentro do jogo. "As skins serão meramente cosméticas, uma animação diferente, um visual diferente."

"Estamos falando de um jogo extraction, onde o item e a build, seja por carta ou armadura, interfere na gameplay. Quem estiver uma armadura melhor, vai aguentar mais dano, etc, e tudo o que você tiver será conquistado dentro do jogo. Em relação a dinheiro real, é só cosmético."

No entanto, ele conta que, a partir da Meta 3 do financiamento, o Magistrike terá um "market place", onde os jogadores poderão comprar, vender e negociar seus itens cosméticos entre si, algo como vemos acontecer em jogos como o Counter-Strike.

Magistrike 01
Itens serão somente cosméticos | Reprodução: Magistrike

O projeto do Magistrike está na sua Meta 3 no momento da publicação desta matéria, com  R$ 582.332,20 arrecadados. Ao todo, existem seis metas que vão até o valor de R$ 1.5 milhão, que podem ser batidas até o fim do mês de janeiro. Ainda no momento da publicação desta entrevista, restam pouco mais de 39 dias até o fim do financiamento.

Por fim, YoDa admite que não pensa muito nas possíveis premiações que pode ganhar com o Magistrike. Recentemente, tivemos o The Game Awards, onde dois jogos brasileiros foram selecionados em duas categorias diferentes.

"Seria legal, receber um prêmio, mas o que queremos é mostrar o potencial da comunidade. Tem muitos personagens brasileiros, que não recebem o devido destaque e são contratados por empresas de fora, então queremos mostrar que nós, aqui no Brasil, podemos fazer algo realmente bom."

O Magistrike ainda está em fase de desenvolvimento e o financiamento coletivo na Nuuvem ainda está aberto. Os interessados em contribuir com o projeto têm seis níveis disponíveis de colaboração.

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