Estudante utiliza bactérias como pixels para rodar o jogo Doom
Essa abordagem inovadora abre um novo capítulo no uso de organismos vivos em tecnologia
31/01/2024
A criatividade no mundo dos games parece não ter limites, e a mais recente prova disso vem de uma iniciativa científica bastante peculiar.
Uma estudante de doutorado em Engenharia Biológica, Lauren Ramlan, decidiu levar a experimentação a um novo patamar, utilizando bactérias como pixels para rodar o icônico jogo Doom.
Essa inovação não apenas destaca a versatilidade de Doom, que já foi jogado em dispositivos tão variados quanto testes de gravidez e peças de LEGO, mas também abre um novo capítulo no uso de organismos vivos em tecnologia.
A ciência por trás do display microbiano
A base do experimento de Ramlan foi um estudo anterior que utilizou bactérias Escherichia coli, comuns no intestino humano e de alguns animais, para criar um display digital.
Com essa inspiração, ela adaptou os primeiros frames de Doom para uma matriz de 32x48 em escala de cinza.
Através de um processo de limiarização, Ramlan definiu quais "pixels" bacterianos deveriam estar ativos ou inativos, criando assim uma representação visual do jogo.
O resultado? Um display biológico onde as bactérias alcançam o estado necessário para formar a imagem em aproximadamente 70 minutos, retornando ao seu estado original em 8 horas e 20 minutos.
Apesar da inovação, a jogabilidade tem suas limitações: com Doom rodando a um máximo de 35 frames por segundo, completar o jogo neste display bacteriano levaria mais de 599 anos!
Veja também:
+ Vitor Roque, Beraldo e Marcos Leonardo recebem potencial no EA FC 24
+ Japão pode se tornar o palco da primeira Olimpíada de Esports do mundo
+ O que vale mais a pena: comprar o PS5 Slim ou esperar o PS5 Pro?
Confira a explicação de Ramlan no vídeo abaixo: