Preview: Final Fantasy VII Rebirth eleva qualidade de diversos elementos do seu antecessor
A sequência do Remake promete trazer fortes emoções para os novos e antigos fãs!
07/02/2024
Em uma história tudo depende do ponto de vista de seu narrador, e foi assim que iniciamos o teste de 4 horas do tão aguardado Final Fantasy VII Rebirth em Los Angeles. Cloud está contando aos seus companheiros de viagem sobre o fatídico incidente de Nibelheim - para os novos fãs será um choque no mínimo doloroso.
No evento foi possível testar o Capítulo 1 do jogo que correspondia ao famoso incidente, o Capítulo 2 com a exploração de Kalm e a sessão de mundo aberto de Grasslands que culmina no início do Capítulo 3, e por fim o mini-game de Queen's Blood.
Sentimentos em Chamas
O primeiro capítulo serviu como tutorial e trouxe ainda mais vida para o traumatizante evento. Além de ter sido possível notar que Cloud narra o incidente pelo olhar de outro famoso Soldier - fato esse que pode ser notado pelas suas atitudes corporais no jogo, combate e também pela dublagem de Cody com maneirismos, é aqui onde finalmente podemos empunhar a Masamune usando Sephiroth!
Apesar do capítulo não durar mais do que 40 minutos, é possível ter um vislumbre do enorme poder de Sephiroth quando ele se junta a party temporariamente. O flashback se encerra no ápice do momento da câmara onde está Jenova, já que Cloud está com suas memórias turvas.
Quanto maior a promessa, maior a expectativa. Se por um lado a implementação de melhorias no design do menu geral deixaram os ajustes mais dinâmicos, o mesmo não pode ser dito da texturização de cenário em algumas cenas - e dessa vez não foi uma porta, mas sim um estabelecimento inteiro em Kalm. A refinação que foi adicionada nos personagens principais a qual permitia ver a fluidez de movimentação foi deixada de lado em alguns NPCs durante o incidente e tiveram seus movimentos mecanizados.
A Sinergia em Kalm
Virando a página desse capítulo marcante, conduzimos a party para a nova jornada no Capítulo 2 onde exploramos Kalm e temos o primeiro contato com o jogo de cartas Queen's Blood pelas mãos do até então desconhecido taberneiro Broden.
Assim como é dito no jogo, Queen's Blood será um novo meio para que Cloud conheça novos personagens, os desafiando para um jogo de cartas. É impossível negar que Gwent de The Witcher tenha sido uma forte influência para Rebirth, uma vez que o próprio diretor Hamaguchi disse que The Witcher é um excelente exemplo a ser seguido. Apesar de se tratar de um jogo de cartas, as semelhanças param por aí, já que a mecânica de Queen's Blood se mostra mais simplista do que Gwent.
Depois do breve tutorial do mini-game, o jogo narrativamente utiliza de Broden para guiar Cloud à calibragem de equipamentos e às respectivas lojas de ajustes, porém antes disso ocorrer, se concretiza uma das coisas que eu mais estava ansiosa para ver, Red XIII finalmente se junta a party! Retomando aos ajustes, vale ressaltar que eles podem ser feitos de modo manual pelo o jogador ou automático priorizando ataque, defesa ou um balanço entre os dois.
A equipagem de matéria e uso de habilidades de cada arma segue o padrão do game anterior, ou seja, usando as habilidades repetidamente ou identificando as condições de bônus de proficiências, vai aumentar a proficiência respectivamente. O jogo também oferece tutoriais para que os jogadores refresquem a memória.
Desbloquear núcleos (Cores) de habilidade no Folio de um personagem aumenta as estatísticas ou adiciona novas habilidades, incluindo habilidades de Sinergia. Certas habilidades de Sinergia podem aumentar o nível de Limit de um personagem, o que consequentemente desbloqueará Limit Breaks mais poderosos.
Em Kalm o jogo também apresenta uma nova mecânica, o medidor de afinidade em tomada de decisões com tempo. Dependendo de certas respostas que o jogador escolher para os personagens durante os diálogos, a afinidade com ele avançará e culminará na presença dele em certos eventos.
Queen's Blood, a joia do marketing
Colocando a equipe de marketing para fazer o dever de casa, a Square Enix introduziu alguns mini-games em Final Fantasy VII Rebirth, e ao que tudo indica Queen's Blood será a joia da coroa.
Nesse jogo de cartas cada jogador se reveza colocando uma carta no tabuleiro em uma das três "linhas" que vão da esquerda para a direita. Depois que uma carta é colocada no tabuleiro, seu poder é adicionado ao total da sua linha. Novas posições também serão adicionadas ao tabuleiro, que são títulos com peões esmeraldas nos quais você pode colocar cartas.
Uma Exploração Nostálgica
Ainda no capítulo dois, a party deve deixar Kalm e rumar como "procurados" da Shinra para uma fazenda em Grasslands indicada por Broden. E se Grasslands poderá ser nostálgica para os fãs de Final Fantasy VII (1997), o local também também será bastante familiar para aqueles que jogaram Final Fantasy XV - e há um ponto negativo e positivo nisso.
Agora com uma liberdade enorme e um cenário abundante em diversidade ecológica, Cloud e seus amigos podem andar de Chocobo, escalar e até pular obstáculos. Já sobre a mecânica de Choboco, ela é bem similar a de FFXV e isso definitivamente não é uma crítica! O destaque sobre os Chocobos vai para a personalização, onde podemos trocar de cores e botar equipamentos na montaria.
Essa exploração de Grasslands se deve em partes em relação aos feedbacks recebidos do Remake desde 2020. "Alguns jogadores também disseram que gostariam de ter mais liberdade na jogabilidade. Então, com base no pensamento que tive na ideia original quando estávamos iniciando o desenvolvimento de Rebirth, bem como no feedback que recebemos dos jogadores do Remake, eu estava bastante confiante na decisão de realmente permitir mais liberdade" afirmou Hamaguchi durante a roundtable.
Durante a roundtable que contou não só com Naoki Hamaguchi, mas também o produtor Yoshinori Kitase, o atual diretor disse que "...em termos de missões secundárias do Rebirth, o objetivo principal delas é aprofundar a experiência do jogador, sua compreensão e visão do mundo de Final Fantasy VII", porém a maioria das missões secundárias vistas nesse teste não tiveram relevância para a trama principal.
Quando o assunto é dinamismo na exploração, Hamaguchi frisou que "...os jogadores podem retornar às regiões por onde passaram antes?", caso prefiram priorizar a própria ordem de conclusão de missões. Já sobre a estrutura do jogo, o diretor preferiu ressaltar que ele foi montado de uma forma equilibrada e será um misto de áreas que serão exploradas devido as missões principais, e áreas inexploradas (com missões secundárias) dentro da mesma seção.
Hamaguchi também confirmou que algumas missões secundárias vão abordar conteúdos variados de personagens já conhecidos do título original, aprofundando suas histórias, porém será algo opcional.
Chadley está mais útil do que nunca
Após resolver alguns problemas da vizinhança, reencontramos o Chadley, e é nesse momento que narrativamente o jogo utiliza o que eles chamaram da reativação de Torres construídas pela antiga República de Junon ao longo do gameplay para que o personagem expanda seu conhecimento e forneça informações das ramificações chamadas de "Intel".
Essas ramificações "Intel" se dividem em "World Intel", "Region Intel", "Dinive Intel" e etc, e vão estar presentes no menu como uma fonte de informações coletadas que estarão acessíveis para o jogador. Na "World Intel", por exemplo, é onde podemos acessar informações sobre matérias, novas simulações de combate e mais.
Muito se dizia sobre a inserção de novos Summons em Rebirth, e finalmente compreendemos como eles poderão ser adicionados ao jogo. Durante o teste foi possível enfrentar o Titan por meio da "Divine Intel", no santuário do Titan em Grasslands.
Quando nos depararmos com esses santuários, teremos que examinar esse cristal de invocação para revelar a matriz de memória. Uma série de pontos aparecerão em ordem, e você deverá memorizar suas posições e o tempo necessário. Os pontos desaparecerão e você deverá fazer clicar nos momentos corretos para replicar a matriz. Se tiver sucesso, você enfraquecerá a invocação em seu teste de combate e fortalecerá sua matéria correspondente.
O Funcionamento da Party
Se você já está familiarizado com o combate do remake, não espere grandes mudanças de comando, porém ainda há algumas adições que enchem os olhos. Aerith, que anteriormente se mostrava mais como uma personagem suporte, agora conta com um leve ajuste para combos mais agressivos voltados para aplicar danos.
A principal novidade para os jogadores é que agora é possível ajustar a sua party de batalha em "Configurações de Combate" no menu principal. Você pode criar até três grupos de três predefinidos para trocar entre eles. Ao explorar o mundo, basta abrir o menu de comandos e pressionar L1 e R1 para trocar de grupo. Apesar de dar para mixar sua party com Aerith, Tifa, Barret e Red XIII, Cloud nesse momento é um membro fixo e inalterável.
Cuidado onde pisa!
Desbravando o mapa e coletando pontos de viagens rápidas por Grasslands, é chegada a hora do ato final do teste. Seguindo as coordenadas da missão para as docas, Cloud e a party se deparam com a repaginada Midgardsormr. Em uma luta onde é necessário combinar ataques agressivos e bastante cura, vislumbramos o primeiro "boss" de Rebirth.
Por falar em combate, apesar da grande repaginada que Final Fantasy VII recebeu, tudo indica que não teremos mecânicas voltadas para pessoas com deficiência. Após ter sido questionado por nós sobre mecânica de acessibilidade no game, Hamaguchi frisou que "é uma área muito importante", porém não foi além disso.
Final Fantasy VII Rebirth é o segundo lançamento do projeto "remake" de Final Fantasy VII, e será lançado no dia 29 de fevereiro de 2024 para PlayStation 5.