Review: Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça não é ruim como te disseram
Com um lançamento conturbado, Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça, foi lançado para PS5, Xbox Series e PC
06/02/2024
Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça é um jogo de ação e aventura desenvolvido pela Rocksteady Studios, mesmo estúdio responsável pela série Batman: Arkham, universo no qual o Esquadrão Suicida compartilha.
Anunciado em 2020, o jogo sofreu diversos adiamentos devido a sua falta de polimento, para finalmente chegar no começo de fevereiro de 2024.
Um contexto geral
O jogo se passa 5 anos após os eventos de Batman: Arkham Knight, onde a diretora da ARGUS Amanda Waller cria uma força-tarefa conhecida como Força-Tarefa X/Esquadrão Suicida, que é composta pelas presidiárias do Asilo Arkham Harley Quinn, Capitão Boomerang, Pistoleiro e Tubarão-Rei, para uma missão secreta em Metrópole.
Somente quando chegam à cidade eles percebem a gravidade da situação: Brainiac invadiu a Terra e começou a fazer lavagem cerebral em seus habitantes, incluindo os membros da Liga da Justiça. Com isso, o Esquadrão Suicida terá que libertar a Liga da Justiça e deter Brainiac antes que ele assuma o controle de Metrópolis e do mundo.
Jogabilidade bem diferente da trilogia Arkham
Abordando a jogabilidade e evitando revelar mais detalhes da trama, o jogo oferece algumas mecânicas de jogo bastante atraentes. Você tem a liberdade de escolher entre os quatro personagens e optar por jogar sozinho, com amigos ou em partidas online abertas. Pessoalmente, achei a experiência de jogar solo mais gratificante e a jogabilidade mais suave. Para quem prefere jogar sozinho, o jogo dispõe de funcionalidades interessantes, como a possibilidade de a inteligência artificial capturar seu estilo de jogo para criar um bot que auxilie outros jogadores. Isso também permite que a jogabilidade de outros influencie as habilidades dos seus bots, tornando-os parceiros mais eficazes durante o jogo. Esse recurso pode ser ativado ou desativado nas configurações.
No que diz respeito às configurações, o jogo permite ajustar a dificuldade, o que influencia as recompensas obtidas ao completar desafios.
O design do mapa é semelhante ao dos jogos Batman Arkham, com vários pontos de interesse e os desafios do Charada. Inicialmente, a exploração é limitada por "paredes invisíveis" devido ao controle de Amanda Waller sobre os explosivos implantados nos personagens, mas essa restrição se aplica apenas à fase inicial.
Os personagens e seus equipamentos podem ser aprimorados, e cada missão concluída recompensa os jogadores com uma "caixa de loot" contendo equipamentos aleatórios, que podem ser utilizados ou não. A repetição de tarefas para adquirir itens ou experiência pode se tornar monótona para quem não está habituado a esse tipo de mecânica.
O jogo permite a troca de equipamentos entre personagens, enriquecendo a jogabilidade, e oferece várias opções de personalização, incluindo skins para os personagens. Contudo, o custo dessas skins pode ser elevado, chegando a 40 ou 50 reais. Espera-se que a Warner introduza novos itens de personalização em futuras atualizações. Seria interessante adicionar novos personagens jogáveis, o que poderia significativamente aumentar o valor de replay, especialmente no modo multiplayer.
Rodando liso nos consoles
Embora seja comum destacar os gráficos dos jogos da nova geração, a Rocksteady realmente se superou nas texturas e expressões faciais dos personagens. O que realmente impressiona é a tecnologia que sincroniza os movimentos labiais dos personagens com o áudio, em qualquer idioma.
O jogo está disponível em português brasileiro, e é incrível ver a dublagem em português se alinhando perfeitamente com os movimentos da boca de personagens como Arlequina e Tubarão-Rei, algo que acredito deveria ser padrão em todos os jogos futuros.
A Warner fez uma excelente escolha ao implementar essa tecnologia novamente, a exemplo do que fez em Hogwarts Legacy. A transição entre as cutscenes e o gameplay é tão suave que não se nota uma diferença significativa na qualidade gráfica, seja durante as cenas de CGI ou no jogo propriamente dito.
Para aqueles com menos paciência, o início pode parecer um pouco "truncado", mas isso não tira o divertimento do jogo.
Afinal, vale a pena?
O lançamento de Esquadrão Suicida enfrentou desafios significativos devido a bugs e problemas com os servidores, afetando especialmente aqueles que compraram o jogo na pré-venda e esperavam desfrutá-lo antecipadamente. Contudo, minha experiência pessoal foi diferente. Iniciei o jogo após o lançamento oficial e me diverti bastante, o que foi uma grata surpresa diante das críticas comuns.
A expectativa em torno do jogo pode ter sido influenciada pela associação com a trilogia Batman, dada a mesma equipe de desenvolvimento. No entanto, Esquadrão Suicida se distingue por seus elementos únicos. Embora a narrativa tenha seus altos e baixos, o aspecto lúdico é bastante compensador.
Meu conselho é fazer uma pesquisa detalhada para avaliar se o jogo se ajusta ao seu orçamento ou se vale a pena esperar por uma oferta mais vantajosa. O jogo é envolvente e divertido, e definitivamente não merece ser classificado como ruim. Portanto, baseie sua opinião em suas próprias experiências e critérios.