Sony exclui 'Rise of The Ronin' da PlayStation Store sul-coreana
A figura de Yoshida é controversa na Coreia, um debate sobre a potencial invasão japonesa à Coreia que reflete as tensões históricas entre os dois países.
13/02/2024
Aguardado com grande expectativa, "Rise of the Ronin" não chegará às prateleiras sul-coreanas em março deste ano, conforme anunciado pela Sony.
A decisão de excluir o jogo da PlayStation Store sul-coreana e de apagar todos os seus trailers dos canais oficiais do país tem levantado muitas sobrancelhas.
A Sony permanece em silêncio sobre as razões exatas por trás dessa escolha abrupta, mas suspeita-se que esteja ligada a declarações polêmicas feitas pelo diretor do jogo, Fumuhiko Yasuda, em um vídeo sobre os bastidores do desenvolvimento.
Yasuda mencionou a importância de Shoin Yoshida e sua escola Shoka Sonjuku no contexto do jogo, ressaltando o papel vital de Yoshida na Restauração Meiji, um movimento que transformou profundamente o Japão do século XIX.
Contudo, a figura de Yoshida é controversa na Coreia, especialmente devido ao seu envolvimento no Seikanron, um debate sobre a potencial invasão japonesa à Coreia que reflete as tensões históricas entre os dois países.
Questões sensíveis em "Rise of the Ronin"
O jogo aborda temas delicados que remetem ao período de expansão imperial japonesa, incluindo a ocupação da Coreia entre 1910 e 1945.
A representação de Yoshida e suas ideologias em "Rise of the Ronin" parece ter sido o estopim para a Sony decidir não lançar o título na Coreia do Sul, visando evitar possíveis conflitos diplomáticos.
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Desenvolvido pela Koei Tecmo, "Rise of the Ronin" promete uma imersão no Japão feudal com um alto grau de realismo, distanciando-se das abordagens sobrenaturais de jogos anteriores da desenvolvedora.
O jogo oferecerá exploração dinâmica de cidades e uma rica tapeçaria de eventos históricos, apesar da polêmica que o envolve.