A pressão social e o impacto nas microtransações infantis nos jogos
Estudo realizado pelo 'Ministério Norueguês da Infância e Família' desvenda como a pressão social influencia os jovens gamers a investirem em microtransações.
28/02/2024
No universo dos jogos digitais, uma nova forma de interação social vem ganhando força, influenciando diretamente o comportamento das crianças.
Um estudo inovador realizado pelo Ministério Norueguês da Infância e Família desvenda como a pressão social está impulsionando os jovens gamers a investirem em microtransações, buscando assim uma sensação de aceitação e pertencimento dentro de seus círculos sociais.
Microtransações
A pesquisa, conduzida por Clara Julia Reich e Kamilla Knutsen Steines, traz à tona uma realidade preocupante: a transposição das pressões sociais do mundo físico para o ambiente virtual.
Em jogos populares como Fortnite e Roblox, não possuir determinados itens cosméticos pode levar ao isolamento social ou até mesmo ao bullying.
Essa nova forma de exclusão evidencia um paralelo direto com as pressões enfrentadas pelas crianças no cotidiano, onde a falta de itens de marca ou a vestimenta "correta" pode resultar em ostracismo.
A conexão real-virtual na percepção juvenil
As autoras do estudo destacam a fluidez com que as crianças de hoje navegam entre os mundos real e virtual, percebendo-os como partes integrantes de uma única realidade social.
Essa percepção unificada sublinha a importância das aparências e, por extensão, o valor das skins e itens virtuais adquiridos por meio de microtransações.
Este fenômeno ressalta a necessidade de uma compreensão mais profunda das dinâmicas sociais dentro dos jogos, um campo ainda pouco explorado, mas crucial para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes.
Desafios e implicações das estratégias de marketing
A pesquisa também lança luz sobre os desafios apresentados pela publicidade agressiva e as estratégias de marketing sofisticadas dentro dos jogos, que podem levar os jovens a subestimar o valor real do dinheiro ao gastar em moedas virtuais.
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Essa distorção na percepção de gastos tem levado a gastos excessivos, a ponto de empresas como a Epic Games serem penalizadas por tais práticas.
