Antes do sucesso, Fallout 3 rendeu ameaças de morte para a Bethesda
Adquiridos os direitos em 2007, o anúncio de que a Bethesda desenvolveria o terceiro capítulo de Fallout provocou reações negativas entre os fãs da Interplay.
22/04/2024
Antes de se tornar sinônimo de sucesso, a transição da franquia Fallout para as mãos da Bethesda não foi exatamente pacífica.
Adquirida pela empresa em 2007, a notícia de que a Bethesda assumiria o desenvolvimento do terceiro capítulo da série desencadeou uma onda de reações negativas entre os fãs mais fervorosos da Interplay.
Jonah Lobe, artista de personagens da Bethesda, relembrou em um vídeo recente que essas reações extremas culminaram nas primeiras ameaças de morte recebidas pelo estúdio, exigindo até mesmo um aumento nas medidas de segurança para proteger sua equipe.
A reação dos fãs e a segurança reforçada
Lobe, refletindo sobre essa época turbulenta, destacou que apesar do carinho pelo universo pós-apocalíptico da série, a tentativa de revitalizar Fallout foi vista por uma parcela vocal da comunidade como um verdadeiro sacrilégio.
Diante dessas ameaças, pela primeira vez na história, a Bethesda se viu obrigada a contratar segurança pessoal para garantir a integridade de seus colaboradores.
Aceitação gradual e sucesso posterior
Com o lançamento de Fallout 3 em 2008, a recepção inicialmente mista eventualmente evoluiu para uma aceitação mais ampla.
O título não só conseguiu conquistar uma nova geração de fãs, como também pavimentou o caminho para sequências bem-sucedidas, incluindo New Vegas, Fallout 4 e Fallout 76, apesar dos desafios e críticas que cada um enfrentou.
Reflexão sobre a época das ameaças
Lobe, em uma entrevista à Kotaku, confessou que muitos detalhes daquela época já não são tão claros, mas o peso das ameaças ainda ressoa entre os desenvolvedores.
Enquanto hoje é mais comum ouvir sobre desenvolvedores enfrentando reações extremas, em 2008, a agressividade era menos frequente e geralmente se manifestava em fóruns de discussão, na era pré-domínio das redes sociais.
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A saga de Fallout 3 é um lembrete perturbador de que a paixão pelos jogos pode, às vezes, cruzar linhas perigosas.
