Mark of the Deep: Ana Xisdê empresta sua voz a personagem em nova produção brasileira
A apresentadora e criadora de conteúdo interpreta Mei, uma pirata obstinada e positiva; o jogador poderá decidir se vai ajudar a personagem em sua jornada ou não

É verdade que os piratas sempre exerceram fascinício nas pessoas. Esse criminosos dos mares tinham uma vida cheia de aventura, que inspira até hoje, inúmeras produções de sucesso da cultura pop. Quem é que nunca ouviu falar de Jack Sparrow, afinal?
Os games não iam ficar de fora dessa tendência e existem vários jogos com temática pirata. Felizmente, estamos prestes a ganhar mais um: Mark of the Deep, uma produção independente brasileira com mecânica Metroidvania e Souls-Like.
Para além da fascinante história de uma ilha amaldiçoada e uma tripulação perdida, Mark of the Deep conta com um grande time de profissionais da voz. Nomes famosos nos cenário interpretam personagens ao longo do game e um deles é Ana Xisdê. A apresentadora, criadora de conteúdo, repórter e atriz dá vida a Mei, uma personagem que ela mesma descreve como positiva e determinada.
"O principal que os jogadores vão perceber é o espírito dela. Ela tem um espírito, uma força de vontade muito predominante. Ela é uma personagem muito positiva. Ela está numa ilha amaldiçoada, onde as pessoas estão se transformando e mesmo assim, essa força de vontade, essa esperança, vai alimentá-la para que ela mesma ainda possa estar atrás de fazer algo bom com a vida dela. Ela tem a sua própria tripulação. O jogador vai a conhecer e a tripulação dela, que também caiu nessa ilha e estão presos ali nela e também, vai conhecer a Mei de uma forma que ela está buscando um objetivo maior para ajudar a sua própria tripulação", conta Ana em entrevista para o SBT Games.
Ana Xisdê aproveita para liberar um breve spoiler sobre a pirata: vai ser uma escolha do jogador se ele vai ajudar a personagem em sua trajetória ou não. E aí? Será que você será cativado por Mei e escolherá ajudá-la?
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A influenciadora estreou na localização de games no início do ano passado, com a personagem Grace em New World (que, coincidentemente, também tem um contexto na pirataria). De lá para cá, muita coisa mudou, e Ana destaca o aumento de sua confiança na função.
"Uma coisa que sempre fez diferença na minha vida profissional (tanto em outras funções que eu faço quanto nessa) é o tanto que meu grau de confiança me ajuda a entregar um trabalho melhor. A diferença principal que eu sinto é no meu grau de confiança. Eu sou muito mais confiante no que posso entregar, nas brincadeiras que posso fazer. E também, fico com muito menos vergonha e medo de errar. Medo de errar atrapalha o trabalho de uma atriz, e localização de voz nada mais é que atuação", diz Ana.
Outra diferença se deve ao fato de que Mark of the Deep é um jogo brasileiro, enquanto New World vem de fora. Ana analisa que no game nacional, o grau de liberdade em relação à localização é maior, visto que Mei não tinha uma voz original ainda. Além disso, o contato frequente com os produtores foi algo bem-vindo no trabalho.
"Por ser um jogo vindo lá de fora, Grace em New World era uma outra pegada. Ela já tinha uma voz original lá fora. Então, o grau de liberdade pra mim foi o que mais se destacou dessa vez, visto que Mark of the deep é um jogo indepente e brasileiro, então eu tive muita liberdade. O pessoal abriu mesmo o coração para ouvir as alternativas que entreguei para eles. Também, pude fazer as coisas com mais tempo, pensando. Além disso, como o contato era direto com a desenvolvedora, toda vez que a gente ia fazer um conjunto de falas, eles (os desenvolvedores) conseguiam me explicar muito bem a situação que estava acontecendo no jogo enquanto as falas rolavam. Então, eu pude ter uma visão muito mais clara da própria personagem. Outra diferença é que eles puderam me mandar um briefing de como era a personalidade da Mei. Dessa vez, pude ter essa forma criativa de entregar a personagem, muito diferente da Grace", explica a apresentadora.
Sendo uma produção nacional, Ana Xisdê evidencia que é preciso dar apoio a desenvolvedoras nacionais, que buscam valorizar a cultura brasileira, como é o caso da Mad Mimic com Mark of the Deep. Segundo ela, o game, em vez de se focar em agradar o exterior, está buscando o público do Brasil, tendo feito uma campanha de arrecadação de fundos voltada para o país.
"É muito engraçado ser um jogo brasileiro porque o Tashiro, dono do estúdio, mora na minha rua (risos). É muito legal ser uma produção nacional, porque a gente tem essa oportunidade de entregar algo diferenciado. Nós temos que dar mais apoio para as desenvolvedoras brasileiras, porque elas são excelentes, muito boas. Os jogos indies fazem tanto, mas precisam de mais reconhecimento. As vezes, os jogos maiores fazem menos, mas por serem maiores, acabam tendo mais atenção dos fãs. Os desenvolvedores brasileiros têm uma preocupação de entregar o melhor jogo possível para os jogadores, o que é crucial (...) Eu acho que a gente vai conseguir ver a valorização da cultura nacional dentro do jogo. Já estamos conseguindo ver fora, mas eu acredito que a gente vai sentir ainda mais quando tivermos o jogo completo, porque a gente vai poder ver esse trabalho de cultura e também, das vozes. Só de chamar pessoas brasileiras para fazerem vozes originais, você já coloca a cultura, a percepção do brasileiro", disse Ana.

Para o futuro, Ana pretende continuar emprestando sua voz a personagens de games. A influenciadora acredita ter uma vivência que pode ser diferente de outros atores e atrizes por ser gamer; seu interesse por jogos pode ser um grande diferencial, já que ela sabe bem o que os jogadores querem ou não. Também, além de também tirar DRT para fazer dublagem e localizar algum jogo de esports, Ana pretende algo mais na área: fazer um personagem jogável.
"O proximo passo que eu gostaria é fazer um personagem jogável. As duas personagens que fiz até agora são NPCs, mas eu gostaria muito de fazer um personagem jogável", finaliza.
Por aqui, ficamos na expectativa de Mark of the Deep, que tem lançamento marcado para ainda este ano nos consoles e PC.
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