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Review: Flintlock: The Siege of Dawn - Vale a Pena?

Veja nossa análise sobre Flintlock: The Siege of Dawn | Reprodução: Vinícius Gobira

Flintlock review
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O gênero Souls-like conquistou grande popularidade na última década, resultando em diversas tentativas de criar um jogo bem-sucedido nesse estilo. A A44 Games, que obteve certo sucesso com Ashen alguns anos atrás, retorna agora com Flintlock, sua nova investida no universo dos jogos Souls-lite.

Com uma narrativa cativante e combates intensos, Nor Vanek e Enki se unem para deter o ataque de Deuses gananciosos que estão dominando a terra. Conheça Flintlock, um souls-lite inovador e diferente de tudo que você já viu! Mas será que o jogo realmente vale a pena? Bora conferir!

Batalha Entre Deuses e Aliança

O mundo está à beira da destruição após a abertura da Porta do Mundo Interior, desencadeando uma catástrofe com Deuses e criaturas místicas. Percebendo que uma guerra iminente se aproximava, a protagonista Nor Vanek, membro do exército da Aliança, decide enfrentar um confronto mortal para proteger o mundo dos Deuses.

Flintlock: The Siege of Dawn | Reprodução: Vinícius Gobira

Determinado a impedir o caos, Nor se junta aos seus companheiros para lutar contra Uru, mas é derrotada e jogada no mar. Ao despertar em uma caverna, Nor percebe que não está sozinha. Uma entidade em forma de raposa, que se apresenta como Enki, surge e revela ser um Deus.

A narrativa de Flintlock: Siege of Dawn é repleta de reviravoltas, revelando novos segredos sobre Enki à medida que se derrotam Deuses ou se completam missões secundárias que oferecem bônus e armas. A relação entre Nor e Enki demonstra uma parceria única, permitindo que um humano consiga derrotar um Deus. O jogo desenvolve bem sua narrativa e personagens, mostrando as consequências da guerra em um universo dominado por criaturas sombrias.

Apesar da aliança improvável com um Deus, Nor decide confiar em Enki. Esta escolha se torna crucial para derrotar as criaturas liberadas após a destruição da Porta do Mundo. Além disso, Enki serve como guia na jornada de Nor, combinando seus poderes mágicos com as habilidades da combatente, permitindo atravessar áreas inacessíveis com a habilidade Rift Travel.

Para os novatos no universo souls-like, Flintlock: The Siege of Dawn é um ótimo ponto de partida, oferecendo três níveis de dificuldade. Sim, sei que o jogo é um souls-lite, mas tá ali pertinho do souls-like, oferecendo essas pequenas vantagens e facilidades. Mesmo para veteranos do gênero, a dificuldade Normal pode parecer fácil, proporcionando uma gameplay com inimigos menos desafiadores. O nível mais difícil é desequilibrado, e difícil de uma forma que o game se torna injusto (e há quem goste de jogar assim). Outro ponto decepcionante é que o Modo Fácil bloqueia troféus e conquistas.

Flintlock: The Siege of Dawn | Reprodução: Vinícius Gobira

O jogo oferece três níveis de dificuldade:

  • História - Modo fácil com inimigos menos agressivos (este modo bloqueia troféus e conquistas);
  • Normal - Dificuldade equilibrada para jogadores experientes no gênero;
  • Possuído - Nível extremo de dificuldade com inimigos agressivos e que causam mais dano.

Uma Experiência de Altos e Baixos

Apesar da premissa interessante e do desenvolvimento superficial, Flintlock: The Siege of Dawn precisa se apoiar fortemente em outros pilares do jogo, principalmente sua jogabilidade. Aqui encontramos uma mistura de sentimentos que podem até ser conflitantes, mas que no geral tendem a proporcionar uma boa experiência para o jogador.

Exploração e combate são os fundamentos básicos de Flintlock e funcionam de maneira satisfatória, com o combate sendo ainda mais relevante e completo. Com um sistema de áreas mais abertas e foco na transição rápida através dos portais de Enki, atravessar os mapas e descobrir atalhos é bastante gratificante e traz uma sensação de novidade. Poder explorar sem muitas indicações e se surpreender com um baú aqui e ali é claramente positivo. No entanto, a recompensa final não justifica alguns percalços, como enfrentar seções de plataformas imprecisas com pulos duplos e dashes pouco refinados para receber uma peça de armadura ou item pouco útil, o que acaba tornando a exploração menos valiosa.

Problemas no Combate, Exploração e Lutas contra Chefes

A sensação no combate é um tanto estranha; acertar um parry é bem difícil, até porque o tempo de apertar o botão parece que muda em algumas situações. Outro ponto que pode incomodar é o tipo de câmera escolhida para o jogo. Em algumas batalhas de chefe, essa câmera atrapalhou mais do que normalmente ocorre nesse tipo de jogo.

Flintlock: The Siege of Dawn | Reprodução: Vinícius Gobira

O level design do mapa é mediano e o design dos inimigos e NPC's é bastante repetitivo. É importante explorar para conseguir upgrades de arma e melhorias no frasco de cura, mas sinceramente, é cansativo enfrentar os mesmos tipos de inimigos e mini-chefes repetidamente.

As batalhas contra chefes são um dos pontos que prejudicam a qualidade do combate no jogo. Enquanto os primeiros confrontos são desafiadores, as grandes batalhas contra os deuses acabam sendo, simplesmente desinteressantes. Com movimentos repetitivos, parece que o objetivo é apenas encher o medidor de maldição do chefe para derrotá-lo. Um ponto que acrescento aqui, é a falta de impacto nos golpes, não sei se pelos efeitos sonoros ou pela animação dos golpes, nessa versão que joguei, parece que você não sente que está realmente desferindo golpes poderosos.

A falta de contexto sobre os deuses e uma narrativa que favorece o antagonismo deles contribuem para essa sensação de desapontamento, incluindo a batalha final. A exploração de uma vila e a eliminação de um chefe menor, que deveria ser um desafio menos significativo, acaba sendo mais interessante do que essas lutas principais.

Gráficos e desempenho

Flintlock é uma verdadeira montanha-russa de emoções. Os gráficos impressionam, especialmente considerando o orçamento limitado e o curto prazo que a equipe teve para desenvolver o jogo. Por outro lado, a trilha sonora deixa a desejar, com músicas pouco marcantes e, em alguns casos, inadequadas para os momentos do jogo. A dublagem dos personagens é OK, e a única que me impressionou de fato foi a voz e atuação de Enki, com uma voz bem empostada e demonstrando alguma emoção relevante.

Flintlock: The Siege of Dawn | Reprodução: Vinícius Gobira

Joguei a versão de PS5, e na maior parte do tempo o jogo não sofreu com engasgos, ao menos em um momento, onde derrotei diversos inimigos de uma só vez, e aí sim o jogo apresentou uma redução na taxa de FPS. Do mais, a otimização e desempenho passam despercebidos.

Afina, Vale a Pena?

Considerando que Flintlock é um título "AA" com um custo menor comparado a outros jogos no mercado, é evidente que houve dedicação na criação de um novo universo e na implementação de um combate interessante, que se destacam como os maiores pontos positivos do jogo.

O jogo funciona bem, e apesar de alguns pontos negativos, consegui me divertir com o ele, e, durante o processo de review, me senti bastante motivado e engajado a jogá-lo até o fim. A história acaba não sendo tão interessante quanto combates com chefes de vilas ou até mesmo o minigame que o jogo oferece, chamado de Sebo.

Não citei sobre ele anteriormente, mas apesar de algumas falhas de execução, você consegue tirar alguma diversão jogando Sebo, apelando em algumas estratégias contra certos NPC's. No geral, Flintlock parece mais do que realmente é, mas nem por isso signifca que o jogo seja ruim ou que você não possa se divertir com ele.

O jogo estará disponível gratuitamente para os assinantes do Xbox Game Pass no dia do lançamento oficial, e jogadores de outras plataformas terão que desembolsar os seguintes valores:

  • Steam - R$ 94,49
  • Microsoft Store - R$ 147,45
  • PS Store - R$ 179,55

Flintlock: The Siege of Dawn estará disponível globalmente a partir de 18 de julho.

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