Dragon Quest Monsters: The Dark Prince - Uma Jornada de Captura e Fusão com Mais de 500 Criaturas
Com mais de 500 criaturas e um sistema de fusão estratégico, o RPG mantém o charme da série, apesar de problemas gráficos e uma narrativa previsível
há 23 dias
Dragon Quest Monsters: The Dark Prince é uma nova adição à clássica série spin-off da franquia Dragon Quest, focada na captura e criação de monstros. Finalmente chegando para Steam e dispositivos móveis, o jogo traz uma experiência rica em conteúdo, especialmente para os fãs de RPG's de coleta de criaturas e aqueles que seguem a saga Dragon Quest.
O jogo acompanha Psaro, um príncipe amaldiçoado que busca vingança e precisa formar um exército de monstros para derrotar seus inimigos. A mecânica de captura e fusão de monstros é o destaque do game, oferecendo mais de 500 criaturas diferentes para recrutar e sintetizar, criando combinações únicas. Neste tópico, nos aprofundaremos sobre alguns detalhes do game que está chegando à Steam e dispositivos móveis.
Gráficos: Uma lembrança do mestre Akira
Visualmente, Dragon Quest Monsters: The Dark Prince mantém a assinatura artística de Akira Toriyama, oferecendo um design de personagens vibrante e carismático, especialmente no que diz respeito aos monstros. Eles apresentam características divertidas e criativas.
No entanto, os ambientes do jogo são simplistas e poderiam ter sido mais detalhados. Embora os cenários façam o trabalho de ambientar o mundo, eles não se destacam em termos de inovação visual. O jogo sofria com algumas quedas de taxa de quadros, especialmente quando havia muitos monstros na tela ao mesmo tempo, mas, na versão de Steam em que jogamos, o game rodou liso, sem maiores problemas.
Mesmo que a performance gráfica tenha sido criticada por não alcançar o nível de seu predecessor Dragon Quest Treasures, o charme e o design dos monstros continuam sendo o ponto alto, garantindo uma experiência visual satisfatória para os fãs que jogarão o game no PC.
Gameplay, captura e fusão de monstros
O coração de Dragon Quest Monsters: The Dark Prince é o sistema de captura e fusão de monstros, que é extremamente profundo e viciante. Com mais de 500 criaturas disponíveis, podemos capturar, treinar e combinar monstros para criar híbridos mais fortes e com novas habilidades. A mecânica de síntese foi aprimorada, agora oferecendo uma pré-visualização dos resultados antes de combinar os monstros, permitindo uma melhor estratégia de construção de equipes.
A jogabilidade é baseada em um sistema de combate por turnos, no qual podemos controlar diretamente nossos monstros ou deixar que eles lutem automaticamente com base em táticas predefinidas. O jogo permite que até quatro monstros entrem em batalha simultaneamente, com mais quatro em reserva. Essa possibilidade de substituir os monstros durante a batalha abre uma gama de estratégias interessantes e incentiva a personalização das equipes.
Um dos pontos mais interessantes do gameplay é o Altar of Amalgamation, o sistema de fusão de monstros que permite criar criaturas ainda mais poderosas. A inclusão de árvores de habilidades evolutivas adiciona mais camadas de personalização, recompensando o jogador por maximizar as habilidades antes de realizar a fusão.
Jogabilidade e curva de aprendizado
A jogabilidade de The Dark Prince segue o padrão tradicional de RPGs de turno, com uma curva de aprendizado acessível para novos jogadores, mas com profundidade suficiente para veteranos da série. A facilidade de acelerar as batalhas e a possibilidade de automatizar certos combates tornam a progressão mais fluida, especialmente nas batalhas de encontros aleatórios.
No entanto, um dos pontos que posso criticar é a simplicidade da narrativa. Embora o enredo explore as origens de Psaro, o príncipe amaldiçoado, a estrutura do jogo segue uma fórmula previsível, sem grandes reviravoltas ou inovações em termos de storytelling.
Som e Trilha Sonora
A trilha sonora de The Dark Prince é um misto de nostalgia e repetição. Grande parte das músicas foram recicladas de títulos anteriores da franquia, o que pode agradar os fãs mais antigos, mas a ausência de novas faixas foi notada como uma oportunidade perdida para trazer frescor ao jogo.
Em contrapartida, a dublagem dos personagens é muito boa, especialmente dos chefes, que receberam interpretações carismáticas e divertidas. Apesar dessa qualidade, o jogo não está localizado em PT-BR, o que pode afastar jogadores que não possuem a segunda língua.
Afinal, vale a pena ou não?
Dragon Quest Monsters: The Dark Prince oferece uma experiência divertida e envolvente, especialmente para os fãs da série e de jogos de captura de monstros. Com uma vasta seleção de criaturas para capturar e combinar, o sistema de fusão é o grande destaque, proporcionando uma jogabilidade estratégica e viciante. No entanto, o jogo sofre com alguns problemas de performance e a falta de ambição em termos de inovação visual e narrativa.
Para os fãs de Dragon Quest e de RPGs baseados em coleta de criaturas, The Dark Prince é uma excelente opção, mas para quem busca uma experiência mais polida e inovadora, pode ser melhor esperar por atualizações ou um desconto.