Mark of the Deep: Um tesouro nacional que une Metroidvania e Soulslike
Descubra os detalhes do desenvolvimento, dublagem brasileira e tudo que este promissor título da Mad Mimic oferece
há 11 dias
Mark of the Deep, desenvolvido pelo estúdio brasileiro Mad Mimic, combina elementos de metroidvania e soulslike em uma jornada que coloca você no papel de Marcus "Rookie" Ramsey, um pirata habilidoso que precisa enfrentar os perigos de uma ilha amaldiçoada para resgatar sua tripulação desaparecida e desvendar os mistérios que cercam o local.
O jogo é mais uma aposta ousada do estúdio, conhecido por projetos anteriores como No Heroes Here e Dandy Ace, reforçando o potencial do mercado indie nacional.
Exploração e Progressão
O coração de Mark of the Deep está na sua gameplay. O jogador explora um grande labirinto interconectado, onde cada canto esconde segredos e muitos perigos. A progressão no jogo é intuitiva: os cenários são desenhados de forma a guiar o jogador naturalmente, com a dose certa de desafio para instigar a curiosidade. Existem diversos elementos reconhecíveis para quem aprecia jogos do gênero, como os santuários, onde é possível salvar o jogo e equipar itens úteis para a jornada. No entanto, ao utilizá-los, os inimigos reaparecem no mapa, forçando o jogador a ponderar suas decisões de risco e recompensa.
O jogo também traz uma boa dose de backtracking, um elemento clássico dos metroidvanias. Com o tempo, habilidades e ferramentas são desbloqueadas, permitindo o acesso a novas áreas e a resolução de puzzles de cenário. Um exemplo interessante é uma habilidade que reflete projéteis inimigos, usada tanto em combate quanto para quebrar paredes e abrir novos caminhos.
Combate e Dificuldade
O combate em Mark of the Deep é fiel à essência dos jogos soulslike, exigindo paciência e estratégia. Cada inimigo tem padrões de ataque únicos que precisam ser estudados. Este não é um jogo para "apertar botões": cada golpe deve ser calculado, e cada movimento do adversário observado.
Durante minha experiência, algumas batalhas contra chefes foram verdadeiros testes de habilidade e resiliência. Foi necessário tentar várias vezes até que eu compreendesse completamente os padrões de ataque e encontrasse a melhor estratégia para derrotá-los. Essa característica de trial and error é comum no gênero e pode ser atrativa para jogadores que buscam um desafio elevado, mas também pode ser intimidadora para quem prefere uma experiência mais casual.
Logo no primeiro chefão, o jogo deixa claro seu nível de desafio, forçando o jogador a dominar as mecânicas básicas e avançadas para progredir.
Estilo e Apresentação
Mark of the Deep brilha em sua apresentação visual. O jogo combina animações 2D de alta qualidade com um design de personagens estilizado que se integra perfeitamente ao universo temático do jogo. Os visuais dos aliados e inimigos são únicos e evocam o ambiente sombrio e misterioso da ilha amaldiçoada.
A trilha sonora atmosférica complementa o tom do jogo, imergindo o jogador nos desafios e mistérios da aventura. Além disso, a dublagem em português é um dos maiores destaques, com vozes de alta qualidade que dão vida aos personagens.
Elenco de Dublagem Brasileira
Mark of the Deep apresenta um elenco de dublagem composto por diversos criadores de conteúdo e personalidades brasileiras, incluindo:
- Ana Xisdê como Mei
- Bastet como Comerciante Ancião
- Calango como Guru
- Coelho no Japão como Okiros e Pepperoni
- Daniels como Faidon
- Enaldinho como Miro
- Gianzetta como Capitão James
- Gustavo DociL como Blackeye
- Guto Barbosa como Patches
- Haru como Eurydara
- Jinki como Zinovia
- Kalera como Capitã Sulen
- Luh Setra como Rusty
- Mary Chii como Marinheira Houfeng
- Max Palaro como Ortega
- Mount como Joren
- Patife como Rolf
- Rakin como Yonis
- Taneko como Algoz e Leviatã
- Tetéia como Comerciante Houfeng
- Thaiga como Rascal
- Thamás Morelli como Tim
- Tiago Leifert como Takon
- Triz Pariz como Beatriz
Performance e Estabilidade
Durante minhas sessões de jogo, Mark of the Deep demonstrou-se tecnicamente sólido. Não encontrei bugs, falhas ou problemas de desempenho, o que é um feito notável para um jogo independente. A fluidez no combate e na exploração contribui para uma experiência coesa e imersiva, sem distrações técnicas que poderiam quebrar o ritmo do jogo.
O Que Esperar de Mark of the Deep?
Mark of the Deep não é um jogo que "segura a mão" do jogador. Ele exige paciência, atenção e vontade de explorar um mundo hostil. A ilha amaldiçoada esconde não só perigos, mas também histórias e segredos que recompensam aqueles que se dedicarem à exploração.
Se você gosta de combates desafiadores, exploração e da sensação de recompensa ao superar obstáculos, este jogo é uma excelente escolha. No entanto, se prefere uma experiência mais relaxada ou acessível, é importante saber que Mark of the Deep não foi projetado para facilitar sua jornada.
Mark of the Deep é uma prova do talento e da criatividade do mercado de jogos brasileiro. Combinando elementos de metroidvania e soulslike, o título entrega uma experiência desafiante e recompensadora, apoiada por uma apresentação visual de qualidade e dublagem imersiva. Um verdadeiro marco para a Mad Mimic e para o cenário indie nacional.
Este review foi possível graças a uma chave de acesso antecipado cedida gentilmente pelo time da Masamune. Atualmente disponível para PC, o jogo já é considerado um marco para o cenário indie brasileiro. Versões para consoles também estão previstas, ampliando ainda mais o alcance deste título promissor.