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Indiana Jones e o Grande Círculo: Uma Aventura Cinematográfica no PS5 com Desempenho Sólido e Narrativa Envolvente

Confira nossa análise do título da Bethesda e MachineGames, destacando gráficos, jogabilidade e desempenho no PlayStation 5

Indiana Jones PS5

há 2 dias

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Lançado originalmente em dezembro de 2024 de 2024 para Xbox Series X|S e PC, Indiana Jones e o Grande Círculo rapidamente se destacou como uma das surpresas mais agradáveis do final do ano. Desenvolvido pela MachineGames, estúdio conhecido pela série Wolfenstein, e publicado pela Bethesda Softworks, o título chegou ao mercado como um exclusivo temporário do ecossistema Xbox, sendo disponibilizado no Xbox Game Pass já no dia do lançamento. Essa estratégia permitiu que milhões de jogadores tivessem acesso imediato à nova aventura do arqueólogo mais famoso do cinema, ajudando a construir um forte boca-a-boca em torno da qualidade do jogo.

Poucos meses depois, a Bethesda confirmou que o game também seria lançado para o PlayStation 5, com o objetivo de alcançar uma base ainda maior de fãs. A versão para PS5 foi pensada para manter a mesma experiência entregue no Xbox, mas com ajustes técnicos que tiram proveito dos recursos exclusivos do console da Sony. Isso inclui carregamentos mais rápidos graças ao SSD, suporte ao feedback tátil e gatilhos adaptativos do DualSense, e excelente estabilidade de performance, com 60 quadros por segundo até mesmo em áreas densas como a Cidade do Vaticano ou os templos do Himalaia.

Apesar de não trazer mudanças visuais drásticas, o jogo continua visualmente impactante, com ótima direção de arte, ambientações detalhadas e iluminação dinâmica. Indiana Jones e o Grande Círculo chega ao PS5 como uma experiência sólida, respeitosa com a franquia e tecnicamente competente - uma carta de amor interativa para os fãs de Indy.

Narrativa: Uma nova jornada digna dos filmes clássicos

Ambientado em 1937, entre os eventos dos filmes Os Caçadores da Arca Perdida e A Última Cruzada, o jogo coloca Indiana Jones em uma nova missão global para descobrir os mistérios do chamado Grande Círculo, uma rede de sítios arqueológicos com ligações sobrenaturais. A trama começa com um roubo misterioso na Universidade Marshall e rapidamente escala para confrontos com o arqueólogo nazista Emmerich Voss, que busca usar o poder do Círculo para fins destrutivos.

A história é conduzida com o ritmo de um bom blockbuster, cheia de reviravoltas, humor e personagens carismáticos, como a repórter Gina Lombardi, que acompanha Indy ao longo da jornada. O roteiro é ágil, os diálogos são bem escritos, e o jogo consegue equilibrar tons dramáticos e cômicos com a mesma elegância dos filmes que o inspiraram.

Jogabilidade: Combate, exploração e criatividade

A jogabilidade em primeira pessoa foi uma escolha ousada, mas que funciona surpreendentemente bem. O sistema de combate equilibra ataques corpo a corpo pesados, uso de armas de fogo e o tradicional chicote, que tem múltiplas funções: desarmar inimigos, puxá-los para perto, ativar mecanismos ou alcançar plataformas distantes.

Há uma leve camada de stealth para jogadores mais cautelosos, mas o destaque está nos confrontos intensos e criativos, que incentivam o uso de objetos do cenário como armas improvisadas. Baldes, ferramentas, livros, tudo vira arma nas mãos de Indy - e isso reforça a sensação de improviso típica do personagem nos filmes.

A única ressalva aqui é a inteligência artificial dos inimigos, que por vezes é inconsistente. Inimigos podem ignorar barulhos óbvios ou demorar para reagir em momentos críticos, o que quebra parte da tensão em combates mais desafiadores.

Exploração e design de níveis: entre corredores e maravilhas arqueológicas

O jogo oferece uma mescla de fases lineares bem roteirizadas com três grandes áreas semiabertas para exploração mais livre. A mais impressionante delas é a Cidade do Vaticano, que pode ser explorada em detalhes, com side quests, puzzles e segredos ocultos por todos os cantos.

A ambientação é um dos maiores trunfos do jogo: cenários como Shanghai, Himalaia e tumbas esquecidas são ricos em elementos históricos e culturais, mergulhando o jogador na década de 1930 com fidelidade e estilo.

Os puzzles são bem integrados e variados, nunca se tornando repetitivos ou frustrantes. No entanto, algumas áreas abertas sofrem com falta de conteúdo relevante e ausência de um sistema de fast travel, o que pode tornar certas missões secundárias cansativas.

Gráficos e desempenho no PS5

Apesar de não figurar entre os jogos mais impressionantes graficamente da geração, Indiana Jones e o Grande Círculo apresenta uma performance excelente no PS5, mesmo em momentos mais caóticos. Os tempos de carregamento são praticamente inexistentes, e o DualSense oferece retorno tátil e resposta dos gatilhos durante ações como puxar com o chicote ou escalar.

A direção de arte é charmosa, com ambientes ricos em detalhes, clima dinâmico e efeitos de iluminação atmosféricos. A única fraqueza visual está nas animações faciais de personagens secundários, que às vezes caem no "vale da estranheza", com expressões artificiais.

Áudio e trilha sonora: uma experiência nostálgica

A trilha sonora de Indiana Jones e o Grande Círculo é uma clara homenagem ao trabalho de John Williams, com composições vibrantes que acompanham com precisão os momentos de tensão, descoberta e ação. A captura de movimentos e as performances de voz são excelentes, com destaque para Troy Baker, que entrega um Indiana Jones crível, espirituoso e cheio de nuances.

Afina, vale a pena?

Indiana Jones e o Grande Círculo é uma experiência que mistura ação, mistério e charme clássico em um pacote que entrega o que promete: uma aventura cinematográfica jogável. Apesar de algumas limitações pontuais, como a IA irregular e a rigidez de opções de idioma, o jogo compensa com um combate satisfatório, ambientações imersivas, uma história divertida e mecânicas criativas.

Para os fãs da franquia, é um deleite nostálgico. Para os novatos, uma porta de entrada envolvente para o mundo do eterno Dr. Jones. Em sua estreia no PlayStation 5, o título mantém tudo o que fez sucesso nas outras plataformas e ainda tira bom proveito das capacidades do console.

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